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Nº 5900
Economia

AL pede prazo contra barreira sanit�ria

| FÁTIMA ALMEIDA Repórter Os produtores alagoanos querem um prazo de pelo menos dez dias para se adaptar às novas exigências sanitárias impostas para a entrada de derivados agropecuários no Estado de Pernambuco, que conquistou a classificação de área de

Por | Edição do dia 31/01/2006 - Matéria atualizada em 31/01/2006 às 00h00

| FÁTIMA ALMEIDA Repórter Os produtores alagoanos querem um prazo de pelo menos dez dias para se adaptar às novas exigências sanitárias impostas para a entrada de derivados agropecuários no Estado de Pernambuco, que conquistou a classificação de área de risco médio em relação ao controle da febre aftosa. Mais que isso, eles querem o compromisso do governo estadual em atender às pendências para que Alagoas saia da situação de risco desconhecido; e o empenho do governo federal em promover vistorias para definir em que estágio se encontra o rebanho alagoano. Segundo o presidente da Federação da Agricultura, Álvaro Almeida, o fechamento das “porteiras” de Pernambuco deixará Alagoas ilhada, e os prejuízos serão incalculáveis. Isso porque as barreiras de Sergipe e Bahia também já estão fechadas, tornando quase impossível a saída da produção de Alagoas. “Pernambuco é nosso maior consumidor, e, com as restrições sanitárias, fica complicado. Nossos produtos terão que passar por vistorias, quarentena e uma série de procedimentos que tornam praticamente impossível transpor a divisa”, reflete Almeida. Num tom diplomático, ele destacou que “Pernambuco não está prejudicando Alagoas ao pretender impor restrições sanitárias. “Isso é um procedimento necessário a quem fez o seu trabalho e conseguiu atingir um estágio que nós devemos perseguir”. Na mesma linha, o presidente da Federação destacou “a consciência e o empenho do governo do Estado”, lembrando que foram mobilizados 1.200 técnicos, e distribuídas mais de 220 mil doses de vacina contra aftosa no ano passado. Mas cobrou o funcionamento efetivo da Agência de Defesa Animal, criada há cerca de um mês, e que constitui um dos requisitos para a classificação do Estado quanto ao controle da doença. ### Vistoria deve ser feita em fevereiro No Brasil, apenas sete estados continuam na linha de risco desconhecido em relação à aftosa. Alagoas é um deles, apesar de não registrar nenhum foco há mais de sete anos, e vir promovendo campanhas continuadas de vacinação. Os outros estados são Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Amazonas e Amapá. O governador Luis Abílio está otimista. Ele acredita que Alagoas consiga a classificação de risco ainda neste semestre. Para isso, o Estado promete viabilizar tudo o que depender dele, inclusive a realização de concurso público para as funções necessárias ao funcionamento da Agência, entre elas, a de engenheiro agrônomo, médico veterinário e técnico agrícola. Ontem os produtores alagoanos conseguiram reunir, na sede da Federação, o governador do Estado, prefeitos, deputados, representantes do Ministério da Agricultura e da Agência de Defesa Animal do governo de Pernambuco, para discutir a situação do rebanho alagoano. O presidente da Agência de Defesa Animal do Estado de Pernambuco, Jair Virgínio, não respondeu de imediato ao anseio dos produtores alagoanos de adiar por alguns dias a imposição da barreira sanitária. Segundo ele, o assunto vai ser tratado quando o pedido for oficializado. Uma nova reunião, dessa vez de caráter mais técnico, ficou agendada para o próximo dia 10, mais uma vez com representantes dos governos de Alagoas, de Pernambuco e do Ministério da Agricultura. O secretário de Defesa Sanitária do Ministério da Agricultura, Gabriel Maciel, planeja para fevereiro uma vistoria na situação de Alagoas, mas nem mesmo os produtores acreditam que a classificação de risco do Estado seja imediata. “As etapas estão sendo cumpridas. Essa avaliação vai nos dizer o que falta fazer para trabalharmos centrados nesses procedimentos”, disse Almeida.

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