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Nº 5759
Economia

Brasil Telecom demite 800 funcion�rios

| Janaina Lage Folhapress Rio de Janeiro - A Brasil Telecom anunciou na última sexta-feira a demissão de cerca de 800 dos seus 6.700 funcionários, um corte de 12%. O objetivo da medida é ganhar eficiência num cenário de redução de receitas de telefonia

Por | Edição do dia 05/02/2006 - Matéria atualizada em 05/02/2006 às 00h00

| Janaina Lage Folhapress Rio de Janeiro - A Brasil Telecom anunciou na última sexta-feira a demissão de cerca de 800 dos seus 6.700 funcionários, um corte de 12%. O objetivo da medida é ganhar eficiência num cenário de redução de receitas de telefonia fixa, disse a empresa. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a BrT informa que as mudanças incluem a unificação do marketing e da força de venda nas áreas de telefonia fixa, móvel e banda larga. “A reorganização elimina sobreposições de atividades e processos em diversas áreas”, diz. A telefonia fixa responde pela maior parte da receita da BrT. De 2000 a 2004, no entanto, as receitas de linhas fixas caíram num ritmo de 6,2% ao ano, seguindo tendência mundial. De acordo com a apresentação a investidores realizada em dezembro, a companhia identifica a telefonia fixa como um negócio em declínio, afetado pela migração de fixo para móvel e também no futuro para VoIP (telefonia via internet). “O mercado de telefonia fixa está bastante saturado: tem perspectiva de reajuste de tarifa muito baixa e de redução do tráfego. A empresa precisa buscar novos nichos para gerar valor”, afirmou Felipe Cunha, analista de telecomunicações do banco Brascan. A própria Brasil Telecom já tem investido mais em novos segmentos, que apresentam crescimento da receita. Ela já ultrapassou 1 milhão de clientes em internet banda larga, 2 milhões de usuários de celular e acaba de entrar no VoIP. Segundo Cunha, a redução de pessoal já estava prevista desde 19 de dezembro, quando a nova direção da companhia, que assumiu a empresa em 30 de setembro após a saída do Opportunity, apresentou a investidores as estratégias e projeções para 2006. “O corte é favorável para a empresa porque essa redução é capaz de gerar um aumento de 0,4 ponto percentual a 0,5 ponto percentual na margem Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização], desconsiderados os custos pontuais de demissão”, disse Cunha. O analista avalia que os efeitos da nova administração só poderão ser percebidos no primeiro trimestre desse ano.

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