Economia
Nova Ceasa deve gerar 3 mil empregos

FELIPE FARIAS Repórter A transferência de comerciantes e da estrutura administrativa e de vendas da Central de Abastecimento de Alagoas (Ceasa) da Levada, para o novo prédio, no Tabuleiro, deve levar cerca de um mês. A mudança está prevista para começar tão logo o novo prédio seja inaugurado, em 25 de março, e está sendo objeto de reuniões de uma comissão composta por representantes de vários órgãos e instituições que, de alguma forma, estão ligados ao funcionamento da central: da associação de comerciantes à prefeitura; da companhia de telefonia fixa aos bancos que operam no local. ?Na próxima segunda-feira, vamos oferecer um café da manhã para apresentar a nova estrutura a esses parceiros, à imprensa e aos representantes dos 38 municípios que possuem Secretarias de Abastecimento?, informou Corintho Campelo, presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural e Abastecimento de Alagoas (Ideral), órgão do governo do Estado responsável pela Ceasa. Na semana passada, o governador em exercício, Luis Abílio de Sousa, visitou a central, acompanhado de assessores e comemorou a nova política para o setor de abastecimento definida pelo Estado, que, com a inauguração, quer colocar Alagoas como pólo de comércio de hortifrutigranjeiros para a região Nordeste. O maior destaque para o Estado nesse segmento é o fato de ser importador de mais de 90% dos itens que consome. Só atacadistas Orçada em cerca de R$ 9 milhões, dos quais já foram investidos R$ 7,5 milhões na obra do novo prédio, situado na estrada de acesso para a Utinga Leão, na antiga Forene, a nova central deve gerar pelo menos 3 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com o governador em exercício. A nova Ceasa terá uma área cinco vezes maior que a atual, a única de uma capital brasileira ainda situada no centro urbano. A localização, considerada imprópria, é motivo de uma série de transtornos, a começar pelas conseqüências negativas para o trânsito no bairro. A presença dos caminhões com produtos agrícolas impede o fluxo ideal para o transporte coletivo e para veículos de pequeno porte. A capacidade maior vai permitir que a nova central comercialize 120 mil toneladas de produtos hortifrutigranjeiros ao ano. Entre as novas dependências que serão oferecidas com a mudança haverá estacionamentos para 620 veículos e vaga para 222 caminhões, galpão para mais de 190 lojas e 532 para pontos de comercialização individual, posto policial e telecentro. De acordo com o presidente do Ideral, as reuniões da comissão responsável pelo detalhamento de transferência têm o objetivo de preparar toda a operação, dada sua magnitude. Mas, apenas os atacadistas serão levados para o novo prédio. ### Prédio pode ter terminal de transbordo A estrutura atual da central de abastecimento reúne cerca de 600 comerciantes, entre atacadistas (que vendem em grandes quantidades) e varejistas, que vendem diretamente ao consumidor final. Mas, segundo o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural e Abastecimento de Alagoas (Ideral), Corintho Campelo, apenas os primeiros serão transferidos para a nova Ceasa, no Tabuleiro. ?O novo local para abrigar os varejistas será definido pela prefeitura?, explica o dirigente do órgão responsável pela Ceasa. É que, como central de abastecimento, o novo espaço é destinado aos comerciantes que vendem em larga escala - outra distorção do funcionamento da Ceasa de Maceió no ponto em que se encontra atualmente. Concorrência Por causa dela, muitos comerciantes que trabalham na central reclamam da concorrência dos varejistas e vice-versa. Segundo os responsáveis pelo projeto, esse problema deve ser resolvido com a mudança de lugar. A maioria das distorções é atribuída à antigüidade do prédio, construído na década de 70 e que nunca foi sequer reformado. A transferência é a primeira intervenção desse porte ocorrida na central de abastecimento desde que foi inaugurada. Entre as propostas para o prédio atual estão a construção de um terminal de transbordo para o transporte coletivo e instalação de um shopping popular para acomodar os camelôs retirados da região do comércio central de Maceió. Transferência De acordo com o presidente do Ideral, a comissão que trabalha com a transferência é composta por representantes de praticamente todos os órgãos que de alguma forma podem se envolver no processo de transferência dos comerciantes e da estrutura operacional da central para o novo prédio, no Tabuleiro. ?Vamos transferir não apenas o prédio, mas toda a estrutura de funcionamento, bancos, policiamento, frigoríficos. Por sua vez, essa transferência vai implicar em mudanças no trânsito. Tudo isso tem de ser pensado?. Pela magnitude da operação, o presidente do Ideral prevê que ela só esteja concluída um mês após a inauguração do novo prédio. O governo prevê que as obras estarão concluídas por volta do dia 20 de março. Em menos de uma semana, no dia 25, ocorreria a cerimônia de inauguração; que é quando começa a operação de transferência de comerciantes e estrutura administrativa e de apoio. Na próxima segunda-feira, o governo oferece café da manhã para apresentar a nova Ceasa.|FF