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Nº 5760
Economia

Produ��o industrial reage em dezembro

| Luciana Brafman Janaina Lage Folhapress Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira registrou alta de 2,3% em dezembro, a maior taxa desde setembro de 2003 (4,1%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado levou

Por | Edição do dia 08/02/2006 - Matéria atualizada em 08/02/2006 às 00h00

| Luciana Brafman Janaina Lage Folhapress Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira registrou alta de 2,3% em dezembro, a maior taxa desde setembro de 2003 (4,1%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado levou analistas a rever projeções do crescimento do PIB no ano passado e gerou mais otimismo em relação a 2006. Em 2005, a produção industrial cresceu 3,13%, impulsionada pela atividade no setor de bens de consumo, segundo o IBGE. Em 2004, a indústria havia registrado alta de 8,3%, a maior expansão em 18 anos. O crescimento, de acordo com o IBGE, ocorreu em função do fim do processo de ajuste dos estoques pelas indústrias. O mês foi significativo para a produção industrial, apresentando uma reação do setor. As indústrias, que vinham ao longo do segundo semestre produzindo menos que o incremento da demanda, voltaram a produzir em dezembro para atender aos pedidos. “Essa suposição é sustentada pelo fato de que o crescimento foi generalizado, com alta em 21 dos 23 setores analisados. Além disso, o aumento foi mais concentrado nos setores que atendem à demanda por bens de consumo, principalmente os bens de consumo duráveis”, disse Sílvio Sales, chefe de coordenação da indústria do IBGE. Sales destacou ainda outros fatores que explicam a alta da produção em dezembro, como a manutenção do desempenho externo, o comportamento da massa salarial, a confiança do consumidor e os efeitos da redução da taxa de juros a partir de setembro, o que mexe com as expectativas de empresários e consumidores. O mês foi o melhor dezembro desde 1991, na série sem os ajustes sazonais. Em média, a produção de dezembro costuma recuar cerca de 10% frente ao mês anterior, segundo o IBGE. Em 2005, entretanto, o recuo foi menor, de 6,5%, justamente por causa da questão dos estoques. Com o ajuste sazonal, o menor recuo se traduziu na alta de 2,3% frente a novembro. destaques Os principais destaques da produção em dezembro ocorreram nos setores de material eletrônico e equipamentos de comunicações (13,8%), veículos automotores (4,7%), farmacêutica (8,6%), máquinas e equipamentos (3,9%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,9%). O economista Guilherme Maia, da consultoria Tendências, afirmou que o número veio acima do esperado, que era uma taxa de 0,9%. “O crescimento como um todo foi muito forte. Foi um perfil bom, generalizado, isso muda um pouco o cenário de recuperação da atividade.” Segundo Maia, a indústria deve continuar crescendo em janeiro, ainda que a um ritmo menor.

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