app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5905
Economia

Sindicatos pressionam por reajuste

| Jander Ramon Estadão Online São Paulo - Sindicalistas de todas as centrais de trabalhadores do País decidiram na sexta-feira intensificar, a partir do próximo dia 23, a campanha para reajuste dos benefícios pagos pela Previdência para aposentados e

Por | Edição do dia 12/02/2006 - Matéria atualizada em 12/02/2006 às 00h00

| Jander Ramon Estadão Online São Paulo - Sindicalistas de todas as centrais de trabalhadores do País decidiram na sexta-feira intensificar, a partir do próximo dia 23, a campanha para reajuste dos benefícios pagos pela Previdência para aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo. Em conjunto, as centrais farão, no dia 23, uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, para cobrar um reajuste dos benefícios em índice similar aos 16,67% concedido ao mínimo, numa premissa de exigir recomposição e o aumento real dos valores recebidos pelos aposentados. Uma outra mobilização nacional será decidida em reunião prevista para o dia 16. Também no dia 16 sairá uma agenda de reivindicações, cobrando do governo medidas que beneficiem os aposentados, como a mudança da data-base dos reajustes, sempre acompanhando o salário mínimo; o pagamento do benefício em prazo menor do que os atuais 15 primeiros dias do mês; a antecipação de metade do 13º salário, como acontece com os trabalhadores da ativa; e a diminuição do preço dos medicamentos, especialmente por meio de diminuição da carga tributária. “É natural que qualquer segmento da sociedade reivindique recomposição do poder de compra e aumento real de seu rendimento. Com os aposentados não deve ser diferente e a nós cabe reivindicar”, disse, em entrevista coletiva, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício. De acordo com estudos produzidos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), enquanto o salário mínimo apresentou um ganho real, acima da inflação medida pelo INPC, de 30,46%, entre maio de 1995 a maio de 2005, os beneficiários da Previdência que recebiam a partir de 1,33 salário mínimo, acumularam perda de 2,18%, no mesmo período. “Com a reforma da Previdência e o fim da vinculação entre o mínimo e o benefício pago a aposentados e pensionistas, houve um achatamento dos benefícios pagos, pois aqueles que ganhavam mais de um mínimo não obtiveram os mesmos reajustes concedidos ao mínimo”, afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. “Vamos discutir com o governo formas para atenuar esse problema e tentar obter algum ganho real para aqueles que recebem mais de um mínimo. Em último caso, não descartamos pedir a volta da vinculação”, acrescentou. Segundo o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, 96% dos aposentados e pensionistas do País recebem de benefício até cinco salários mínimos, em média R$ 436.

Mais matérias
desta edição