Economia
Reuni�o vai definir produ��o de �lcool

Líderes dos usineiros de todo o País se reúnem, nesta emana, com o ministro do De-senvolvimento, Sergio Amaral, em Brasília, para discutir regras que assegurem o abastecimento de álcool ao consumidor após a retomada da produção em massa de carros movidos pelo combustível. Amaral afirmou há poucos dias que o governo pretende estimular o aumento da produção desse tipo de veículo. No mês passado, foram vendidos 3.426 carros a álcool no País, o equivalente a 2,9% do total de veículos comercializados. Em abril de 2001, os carros a álcool foram responsáveis por 0,9% do total de veículos vendidos. Em 1998, representavam 0,1%. O álcool combustível seria uma alternativa para o consumidor fugir das oscilações do preço internacional do petróleo. Para isso, no entanto, além de ter provas de que o álcool não vá faltar na bomba, os usineiros têm de dar garantias de que será mantida a estabilidade de preços. Na prática, o governo quer certeza de que as usinas não vão moer a cana para fabricar açúcar quando o preço desse produto estiver em alta na Europa e, assim, deixar de fabricar o álcool. A assessoria de imprensa da Unica (União da Agroindústria Canavieira) informou que o setor está disposto a dar as garantias necessárias exigidas pelo governo. De acordo com a entidade, a capacidade instalada das usinas no País é de 16 bilhões de litros de álcool e, no ano passado, produziu apenas 11,5 bilhões entre o álcool anidro (misturado na gasolina) e o hidratado (usado como combustível). A reunião entre Amaral e os usineiros é para debater as regras de proteção do mercado interno. A reunião ainda não havia sido marcada, mas poder ser na quinta-feira, em Brasília. Na outra semana, vai ocorrer a reunião do Cima (Conselho Interministerial do Álcool), que vai bater o martelo sobre a decisão governamental de estimular a produção de carros a álcool. Uma das propostas do ministro do De-senvolvimento que será discutida é que a diferença de preços entre a gasolina e o álcool seja regulada pela Cide (Contribuição sobre Intervenção de Domínio Econômico), embutida no preço da gasolina. A região de Ribeirão Preto (SP), com 41 usinas, é a maior produtora de álcool do Brasil, sendo responsável por 29% da produção.