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Nº 5759
Economia

Bovespa sobe e bate recorde de pontos

| Folhapress São Paulo A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta em uma sessão que acompanhou o desempenho das Bolsas norte-americanas durante a maior parte do dia. O Ibovespa - principal índice da Bolsa composto por 57 ações- avançou 0,

Por | Edição do dia 05/03/2006 - Matéria atualizada em 05/03/2006 às 00h00

| Folhapress São Paulo A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta em uma sessão que acompanhou o desempenho das Bolsas norte-americanas durante a maior parte do dia. O Ibovespa - principal índice da Bolsa composto por 57 ações- avançou 0,28%, aos 39.239 pontos, 15º recorde de pontos do ano. O volume financeiro negociado somou R$ 2,052 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumula alta de 1,63%. As Bolsas norte-americanas, que oscilaram durante todo o dia, fecharam em queda em um pregão volátil. Entre os principais fatores que influenciaram os negócios na última sexta-feira estiveram dados da economia, uns favoráveis e outros nem tanto, como a queda do índice de confiança do consumidor e o avanço do setor de serviços. Além disso, a notícia da fabricante norte-americana de microchips Intel, que rebaixou a previsão de suas receitas no primeiro trimestre de 2006 devido à fraca demanda e a perda de participação de mercado, teve impacto sobre os negócios. Os investidores estrangeiros retiraram da Bovespa o equivalente a R$ 561,621 milhões em fevereiro. O saldo negativo é resultado da venda de ações no valor de R$ 17,684 bilhões e da compra de R$ 17,123 bilhões. Os estrangeiros continuam com participação forte na Bovespa. Em fevereiro, eles responderam por 36,17% da movimentação financeira mensal. O dólar encerrou a sexta-feira na estabilidade, vendido a R$ 2,113. Na curta semana após o Carnaval, a divisa norte-americana acumulou desvalorização de 1,17%. Na mínima, a moeda foi cotada a R$ 2,108 e na máxima atingiu R$ 2,127. O Banco Central atuou no mercado de câmbio e vendeu todos os 4.550 contratos ofertados no leilão de “swap cambial reverso”, o que corresponde a cerca de US$ 213 milhões. Além disso, o BC também fez compras de dólares no mercado à vista com de corte a R$ 2,114. No entanto, nenhuma das operações chegou a mexer com a trajetória da moeda. Durante o dia, a moeda acompanhou o desempenho das Bolsas americanas, que oscilaram negativamente durante a manhã e viraram à tarde ao minimizar o impacto da expectativa de perda de receitas da Intel no primeiro trimestre. Segundo Helio Osaki, do Banco Rendimento, deve prevalecer a tendência de queda. “O dólar vive desses respiros, dessas oportunidade de recuperação, mas a tendência não muda”, afirma. ### Cresce aposta de redução da Selic | Fabricio Vieira Folhapress São Paulo - A poucos dias de o Copom definir a nova taxa básica da economia, o mercado não tem um consenso sobre o tamanho do corte que será feito. Mas nos últimos dias cresceu a parcela dos que apostam na redução da taxa em um ponto porcentual. Outra parte do mercado ainda espera que o Copom mantenha sua linha mais conservadora e corte a taxa básica dos atuais 17,25% para 16,50% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom), formado por diretores e o presidente do BC, se reunirá entre os próximos dias 7 e 8 para definir a nova Selic. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005, que teve crescimento de apenas 2,3%, foi encarado como um motivo a mais para que o Copom intensificasse o ritmo de corte da Selic. O principal motivo que leva o Banco Central a elevar a taxa básica de juros da economia é o temor de que os índices de preços subam muito além da meta de inflação definida. Quando a alta de preços não parece ser algo muito preocupante, o Copom retoma o processo de redução dos juros, como está acontecendo neste momento. Na última pesquisa semanal Focus divulgada pelo BC, a média das projeções das instituições financeiras para a Selic no fim de 2006 caiu de 14,75% para 14,50% anuais. Divisas O Brasil recebeu no mês passado o maior fluxo de divisas desde 1998, o que faz o real se valorizar. Segundo dados do Banco Central, o ingresso líquido de recursos - já descontadas as remessas para fora do País - ficou em US$ 7,750 bilhões. Parte disso se deve à balança comercial. As operações de exportação e importação resultaram na entrada líquida de US$ 4,935 bilhões no mês passado. A maior procura do setor privado por empréstimos no mercado financeiro internacional também ajudou a aumentar o ingresso de divisas. Números parciais fechados pelo BC mostravam que, nas primeiras três semanas de fevereiro, as empresas instaladas no País haviam contraído financiamentos que equivaliam a 876% das parcelas da dívida que venceram no período. O aumento na demanda por créditos externos pode ser explicado pela queda recente do risco-país, que serve de parâmetro para os juros pagos pelo setor privado nas operações internacionais. Com os juros internos ainda em níveis elevados, esse tipo de transação se torna mais vantajosa. No mês passado, as chamadas operações financeiras - que, além de empréstimos, incluem também o ingresso de investimentos estrangeiros - foram responsáveis pela entrada de US$ 2,815 bilhões no Brasil.

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