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Nº 5759
Economia

Reuni�o tentar� destravar Rodada Doha

| Vinícius Albuquerque Folhapress Os representantes do Brasil, Japão, da Austrália, Índia, União Européia e dos EUA estão reunidos desde a última sexta-feira em Londres para tentar destravar as negociações para liberalização do comércio mundial no âmbit

Por | Edição do dia 12/03/2006 - Matéria atualizada em 12/03/2006 às 00h00

| Vinícius Albuquerque Folhapress Os representantes do Brasil, Japão, da Austrália, Índia, União Européia e dos EUA estão reunidos desde a última sexta-feira em Londres para tentar destravar as negociações para liberalização do comércio mundial no âmbito da Rodada Doha. As negociações devem durar até este domingo. Na conclusão da reunião de ministros da Organização Mundial do Comércio (OMC), em dezembro do ano passado, havia ficado acertado que até o fim de abril deste ano ficaria pronto um esboço de acordo para tratar dos temas que mais têm prejudicado o andamento das negociações: fim dos subsídios agrícolas nos países desenvolvidos e flexibilização das tarifas sobre serviços nos países em desenvolvimento. Proposta O ministro das relações Exteriores, Celso Amorim, disse que, na opinião do Brasil, apenas um “impulso político decisivo” como uma reunião de chefes de governo, proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo premier britânico, Tony Blair, poderá aplainar o caminho para a obtenção de um acordo mundial de comércio. Amorim indicou que a reunião de cúpula poderia ser realizada até julho deste ano. “Não tivemos nenhuma recusa à idéia de uma reunião de cúpula, o que já é um bom começo. Acredito que [Lula e Blair] são suficientemente sábios e conscientes para evitar lançar uma idéia que não tenha chance de prosperar”, disse o ministro. Ele acrescentou que a reunião irá procurar avaliar a disposição dos demais países para fazer vale a proposta do Brasil e do Reino Unido. “É importante ver a disposição que existe a respeito dessa idéia de uma reunião de cúpula”, enfatizou Amorim, dizendo que a proposta dos dois chefes de governo deve ser vista como um “desafio”. O presidente Lula disse na sexta que ele e Blair concordaram em realizar, “tão breve quanto for possível”, uma reunião de chefes de Estado e de governo para dar andamento às negociações da Rodada Doha. A declaração final da reunião da OMC, de dezembro do ano passado, estabeleceu que “as medidas sobre os créditos à exportação, as garantias desses créditos ou programas de seguros, assim como os das empresas comerciais estatais e de ajuda alimentícia devem estar completadas em 30 de abril de 2006 como parte das modalidades dos acordos”. O documento pede garantia de um mesmo nível de acesso tanto para mercados agrícolas como de bens industriais -ponto central das divergências entre ricos e pobres. Ainda não ficou determinado, no entanto, o teto de produtos “sensíveis” sobre os quais os países em desenvolvimento podem aplicar tarifas mais altas.

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