BNB repassou R$ 1,4 mi para produtores
| VITÓRIA ALCÂNTARA Editora de Economia A atividade de caprinocultura em Alagoas teve um incremento contínuo de financiamento desde 2001. É o que mostram os dados do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). As aplicações do ano passado foram quase metade do
Por | Edição do dia 12/03/2006 - Matéria atualizada em 12/03/2006 às 00h00
| VITÓRIA ALCÂNTARA Editora de Economia A atividade de caprinocultura em Alagoas teve um incremento contínuo de financiamento desde 2001. É o que mostram os dados do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). As aplicações do ano passado foram quase metade do total contratado em cinco anos (veja tabela abaixo). A soma total dos recursos liberados para os produtores no período de 2001 a 2005 é de R$ 1,4 milhão e correspondem a 634 operações de crédito. Hoje há um novo foco com relação à ovinocaprinocultura, que deixa de ser doméstica para se tornar uma atividade econômica, salienta o superintendente estadual do BNB em Alagoas, Expedito Neiva. O superintendente destaca o trabalho realizado pelo Arranjo Produtivo Local (APL) do setor. O APL, que é um trabalho desenvolvido pelo Governo do Estado, Sebrae e outras instituições, conta com o apoio financeiro do BNB. Os financiamentos servem para a aquisição de terras, animais e infra-estrutura, diz Neiva. Para isso, o Banco do Nordeste possui duas fontes de financiamento. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O Pronaf se divide nas modalidades A, B, C, D, E e Pronaf Mulher, Pronaf Jovem e Pronaf Semi-árido. São programas voltados para a agricultura familiar que também atendem aos produtores do setor de ovinocaprinocultura. Eles precisam ter renda anual de R$ 2 mil a R$ 14 mil. O valor do financiamento vai de R$ 1500 até R$ 27 mil, com juros que variam de 1,15% a 4% ao ano e prazo de pagamento de até oito anos com até cinco anos de carência, explica o superintendente. O financiamento do FNE pode ser feito por pessoas físicas e jurídicas e abrange os micros, pequenos, médios e grandes produtores e empresários. Com o FNE é possível fechar a cadeia produtiva. Porque há financiamento desde a implantação e produção até o processamento, distribuição e comercialização dos produtos. Nesta fonte, os encargos financeiros vão de 6% a 10,75% ao ano, destaca Neiva. A agência do Banco do Nordeste de Batalha, que abrange 12 municípios do médio e alto sertão alagoano, registrou um crescimento no volume de operações voltadas para o setor. Nos últimos dois anos houve um incremento. Em 2005, o volume chegou a R$ 600 mil, diz o agente de financiamento da agência, José Francisco.