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Nº 5759
Economia

ANP pode ter de explicar falta de �lcool

| MARCOS RODRIGUES Repórter O Procon pode fazer uma consulta à Agência Nacional de Petróleo (ANP) sobre quais os fatores que estão interferindo na oferta do álcool em Maceió. Ontem, a Gazeta mostrou que o combustível não era encontrado em alguns postos

Por | Edição do dia 24/03/2006 - Matéria atualizada em 24/03/2006 às 00h00

| MARCOS RODRIGUES Repórter O Procon pode fazer uma consulta à Agência Nacional de Petróleo (ANP) sobre quais os fatores que estão interferindo na oferta do álcool em Maceió. Ontem, a Gazeta mostrou que o combustível não era encontrado em alguns postos da cidade desde o início da semana. Mas o produto começa a reaparecer nas bombas de combustíveis dos postos da capital. Até o momento nenhum consumidor prestou queixa no Procon alegando prejuízo pela falta do combustível. “Mas diante das informações sobre a falta devemos consultar a ANP. Se existe um problema, no qual os produtores estão priorizando a exportação, nós devemos interferir”, disse a diretora do órgão, Wedna Miranda. A diretoria disse, inclusive, que o Ministério Público pode agir em conjunto com o Procon. Falta A escassez de álcool foi sentida pelos motoristas desde o início da semana. O problema, porém, se agravou no decorrer da semana, o que fez muitos motoristas com carro bicombustível optar pela gasolina. O motorista José Elias da Silva foi um dos que não tiveram opção. Ele trabalha com um veículo Chevy, que roda apenas com álcool. Ele contou que no início da semana demorou a encontrar onde abastecer. “Eu percebi a falta, mas fiquei sem entender o porquê, já que o Estado é um produtor de álcool. O pior é que esse combustível tem um consumo muito maior pelo motor”, observou José Elias. Preços Entre as razões para a falta do produto, ou a diminuição da oferta, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Alagoas (Sindicombustíveis) aponta que deve ser os preços do combustível. Segundo o presidente da entidade, Mário Jorge Uchôa, com o preço alto a compra tem sido menor. Ontem, a Gazeta percorreu os postos que apresentaram falta do produto no início da semana. Em todos, o álcool foi encontrado, mas os preços apresentaram diferenças. Por conta do preço na distribuidora tem empresário repassando a diferença para o consumidor. Com isso, o litro do álcool variou entre R$ 1,85 e 1,95. Diante da necessidade, o consumidor ficou sem alternativa. O valor para quem revende também tem sido alto. Isso também tem levado muitos postos a diminuírem o volume da compra. Foi o que aconteceu com um posto na Cambona. Segundo o auxiliar-administrativo Amaro de Araújo, na última segunda-feira a procura pelo álcool foi tão grande que acabou com o estoque. “Nós tínhamos pedido cinco mil litros. Mas como começou a faltar em outros postos e nós continuamos a vender por R$ 1,85 a procura foi grande. Quanto à reposição ela só ocorre quando o caminhão de entrega completa sua carga”, detalhou Amaro. O presidente do Sindicato dos Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas, Pedro Robério, disse que o estoque de combustível produzido no Estado atende às necessidades do mercado local sem o risco da escassez.

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