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Nº 5759
Economia

EUA elevam juros para 4,75% ao ano

| Vinícius Albuquerque Folhapress São Paulo - O Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) elevou sua taxa de juros ontem para 4,75% ao ano. Foi a 15ª elevação consecutiva dos juros do banco desde o início do ciclo de altas inaugurado em junho de 2004,

Por | Edição do dia 29/03/2006 - Matéria atualizada em 29/03/2006 às 00h00

| Vinícius Albuquerque Folhapress São Paulo - O Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) elevou sua taxa de juros ontem para 4,75% ao ano. Foi a 15ª elevação consecutiva dos juros do banco desde o início do ciclo de altas inaugurado em junho de 2004, quando a taxa estava em 1% ao ano (menor desde 1958). Mais do que sobre o aumento de ontem, já em grande medida esperado, a preocupação entre analistas e investidores tem sido sobre a longevidade do ciclo de altas. Com juros mais altos, o mercado de ações vai perdendo a atratividade e os recursos dos investidores tendem a convergir para os títulos do governo americano - considerados de risco zero. Alguns analistas esperam que os juros subam para 5% até o fim deste primeiro semestre e depois estacionem. A continuidade de altas, no entanto, pode ter o efeito adverso de causar uma desaceleração na economia. A taxa está perto de um patamar neutro, que reduziria as pressões inflacionárias sem retrair o crescimento econômico, segundo economistas. Juros mais altos, no entanto, tornam mais caro o crédito, o que tende a comprometer os gastos dos consumidores (e cerca de dois terços de toda a atividade econômica americana corresponde ao comércio). A reunião deste mês durou dois dias: foi iniciada segunda e o anúncio da decisão foi feito ontem. O Fed justificou a medida como uma concessão de tempo adicional para a primeira reunião sob o comando do novo presidente do banco, Ben Bernanke. Bernanke assumiu o cargo no dia 1º deste mês, um dia depois da reunião de janeiro e última sob o comando de Alan Greenspan, que se aposentou. O Fed passou a elevar os juros em um momento em que a economia americana vinha ganhando fôlego e deixando para trás um período de recessão, em que o país caiu em 2001, o que fez acender o sinal amarelo para o risco de altas da inflação. Quinze meses depois, o remédio aparentemente surtiu algum efeito: o PPI (sigla em inglês para índice de preços no atacado) nos EUA teve queda de 1,4% em fevereiro, enquanto os preços ao consumidor tiveram alta de apenas 0,1%, depois da elevação de 0,7% em janeiro (os núcleos da inflação, no entanto, sofrem pressão moderada).

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