Economia
Aumentam casos de clonagem de celular

Os casos de clonagem de celulares têm aumentado consideravelmente desde setembro do ano passado, embora as operadoras continuem se recusando a revelar dados sobre o assunto. De acordo com estimativas de Sírio Henrique Rocha, assessor de Garantia de Receita da CTBC Celular, operadora que atua na região central do País, as quadrilhas estão cada vez mais profissionalizadas, o que aumenta a incidência dos casos?. Para Alberto Blanco, diretor de Marketing da Oi, empresa do grupo Telemar, esse aumento é real e pode ser percebido nas ruas. ?Praticamente todo mundo conhece alguém que já teve seu telefone clonado.? A maioria dos casos ocorre nas proximidades de aeroportos. ?Constantemente orientamos nossos executivos que viajam bastante sobre o perigo da clonagem nos aeroportos, mas é força do hábito ao passar pelo aeroporto ligar para a família avisando ou mesmo para um contato de negócios?, diz Rocha, da CTBC, que também teve seu aparelho clonado duas vezes. Apesar de a clonagem de celulares representar apenas 5% do total das fraudes nas operadoras de telefonia móvel, o prejuízo é inversamente proporcional. A clonagem acontece nas ligações interurbanas, principalmente nas internacionais, mais difíceis de serem controladas. Já a fraude por subscrição - quando é vendido um celular para uma pessoa com documentos roubados - tem incidência maior (95%), mas os custos são menores. Os prejuízos com fraudes giram em torno de R$ 500 milhões por ano para as operadoras de telefonia nacionais, de acordo com estimativa do consultor de segurança André Fleury. Mundialmente, a conta é mais alta, girando em torno de US$ 14 bilhões.