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Nº 5759
Economia

Programa prev� maior gera��o de energia por usinas de a��car

Campinas - Representantes do MCT, da Copersucar e da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) coordenaram ontem, em Campinas, na sede da CPFL, o lançamento nacional do Programa de Geração de Energia por Biomassa, Bagaço de Cana-de-Açúcar e Resíduos, tecno

Por | Edição do dia 22/05/2002 - Matéria atualizada em 22/05/2002 às 00h00

Campinas - Representantes do MCT, da Copersucar e da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) coordenaram ontem, em Campinas, na sede da CPFL, o lançamento nacional do Programa de Geração de Energia por Biomassa, Bagaço de Cana-de-Açúcar e Resíduos, tecnologia que  prevê o aumento da geração de energia elétrica em usinas de álcool e açúcar. A coordenadora de Ações de Desenvolvimento Energético do MCT, Ivonice Aires Campos, defendeu o projeto, argumentando que a nova técnica irá garantir maior competitividade aos usineiros. Segundo ela, a co-geração por meio da gaseificação do bagaço e palha da cana-de-açúcar permitiria a ampliação dos atuais 3 mil megawatts produzidos em co-geração para 12 mil. “É uma Itaipu do bagaço de cana. A melhor alternativa para o setor hoje”, entusiasmou-se Ivonice. Ela previu que, se os projetos de termelétricas não conseguirem seguir os cronogramas estipulados, haverá déficit de energia antes de 2005. De acordo com a coordenadora, a nova técnica, que está sendo trazida para o Brasil pela Copersucar e pela sueca TPS, permite aumentar a geração de energia específica excedente nas usinas de 100 KW/h para 152 KW/h. Programa Ao apresentar o programa para os usineiros, Ivonice apontou o custo de instalação da planta de gaseificação, a partir de experiências internacionais, de US$ 1,4 mil por kW. De acordo com ela, transportado para o Brasil, esse valor pode ser reduzido em 30%. Apesar da perspectiva, a cifra assustou os usineiros presentes ao lançamento. “A idéia é empolgante, estava interessado na parte tecnológica, mas o custo é inviável”, apontou o gerente de utilidades da Usina Vale do Rosário, Ricardo Roxo. De acordo com ele, para ficar competitivo, o custo de instalação da nova tecnologia não deveria exceder US$ 900 por kW. O gerente lembrou que as termelétricas movidas a gás natural têm investimento de US$ 800, já incluído o combustível. Roxo acrescentou que a eficiência das termelétricas a gás é de 55%, contra 43% das unidades de bagaço de cana por gaseificação. Atualmente, a Vale do Rosário vende 30 MW de energia elétrica excedente produzida pela tecnologia tradicional, de queima do bagaço, sem a gaseificação. Para o próximo ano, pretende comercializar 65 MW, e está investindo perto de R$ 1 mil por kW para aumentar a capacidade de geração, conforme o gerente. O custo da produção é de R$ 8 a R$ 10 o MW/h, vendido a R$ 67.

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