Economia
G�s de cozinha aumenta 9,2% no s�bado

A Petrobras anunciou, ontem, um reajuste de 9,2% no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de botijão. O novo preço do combustível passa a vigorar no próximo sábado, 1º de junho. Ontem, venceu o prazo mínimo de 15 dias estipulado pela estatal para reajustes nos preços do diesel e da gasolina, mas a empresa optou por não fazer alterações. O reajuste do GLP é o segundo do ano, totalizando um aumento de 25% no ano. A empresa alega que a cotação internacional do produto aumentou 6,7% e o câmbio variou 4,7%, justificando o aumento do próximo dia 1º, 60 dias após a última alteração. A Petrobras informou, em nota oficial, que o percentual de reajuste ficou menor do que a variação do preço internacional. Em Alagoas, o preço médio do botijão de gás de cozinha é R$ 25,50, nas distribuidoras e revendedoras. Na capital, o produto entregue nas residências custa em média R$ 26. Em várias cidades do Interior, o botijão chega a ser vendido a R$ 30. Com o reajuste, o preço mínimo do gás deve subir para um valor entre R$ 28 e R$ 29,00 nas distribuidoras. Baixa renda O reajuste terá impacto de 0,14 ponto percentual na inflação de junho, medida pelo IPCA, segundo cálculos do economista Paulo Bruck, do Instituto Fecomércio. O GLP tem impacto pequeno no IPCA, de apenas 1,53%, mas tem maior peso no bolso das famílias de baixa renda. Segundo Bruck, o impacto do reajuste de 9,2% anunciado ontem será de 0,8 ponto percentual no INPC, índice que mede a inflação de famílias com renda de até oito salários mínimos. Nos casos da gasolina e do diesel, a empresa não se manifestou sobre reajustes. Segundo cálculos da consultora Fabiana Fantoni, da Tendências, o preço internacional da gasolina, em reais, variou cerca de 4% nos últimos 15 dias, impulsionado pela desvalorização do real. No caso do diesel, a variação foi de cerca de 4,5%. A Petrobras comprometeu-se a só mexer nos preços internos caso a variação internacional ultrapassasse os 5%.