Economia
Gasolina de Alagoas � a pior do Pa�s, diz ANP

EDIVALDO JUNIOR O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo de Alagoas, o Sindicombustíveis, se prepara para declarar, nos próximos dias, uma verdadeira guerra contra a adulteração dos combustíveis em Alagoas. O Estado, há vários meses, vem liderando o ranking de não conformidade (NC) no boletim de qualidade da Agência Nacional do Petróleo (ANP). E, apesar das denúncias, a adulteração, principalmente da gasolina e do diesel é pelo menos duas vezes maior do que a média nacional. No relatório do trimestre de fevereiro a abril o último divulgado pela ANP Alagoas aparece com o maior índice de NC ou de adulteração: 26,5%. De um total de 226 postos pesquisados pela agência, 60 apresentaram resultados fora do padrão. O levantamento feito pela ANP, em três municípios do Estado, aponta Arapiraca como a cidade campeã em adulteração. Na média do trimestre, o índice de NC daquele município chegou a 34,7%, um pouco maior do que Rio Largo (31,6%) e mais do que o dobro da adulteração verificada nos postos de Maceió (14%). Na média do trimestre, o diesel e o álcool também aparecem com índices significativos de não conformidade: 9,6% e 7,5% respectivamente. A curva da adulteração, apesar dos altos índices de NC, está perdendo força em Alagoas. Segundo o boletim da ANP, apesar de liderar o indicador negativo no trimestre, isoladamente, considerado apenas o resultado de abril, o Estado foi ultrapassado por Pernambuco e agora ocupa o segundo lugar no ranking de NC da gasolina. Pernambuco apresentou, em abril, índice de NC de 15,1%, contra 13,6% de Alagoas. Os dois Estados, no entanto, apresentam um índice cerca de duas vezes maior do que a média nacional, que está em 7,2%. A queda nos índices de adulteração é atribuída pelo presidente do Sindicombustíveis, Mário Jorge Uchoa, especialmente a um trabalho de conscientização do sindicato e a fiscalização do governo. Estamos preparando uma campanha para orientar o consumidor a abastecer nos postos que garantem qualidade. A adulteração representa para o nosso setor um propaganda negativa e uma concorrência desleal, enfatiza. Segundo Uchoa, a campanha que está sendo elaborada em parceria com a Secretaria da Fazenda prevê a fixação de um selo de qualidade nos postos que vendem combustível dentro do padrão. Ao mesmo tempo que vamos orientar o consumidor também ajudaremos a aumentar a arrecadação do Estado, justifica. A campanha, segundo o Sindicombustíveis, será apresentada ainda este mês para a imprensa e lançada para o público a partir de julho.