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Nº 5759
Economia O rotativo é a linha de crédito mais cara do mercado, recomendada por especialistas apenas em casos emergenciais

Juro do rotativo do cartão fica em 434,4% em novembro

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Por Agência Estado | Edição do dia 05/01/2024 - Matéria atualizada em 05/01/2024 às 04h00

A taxa média de juros cobrada pelos bancos de pessoas físicas no rotativo do cartão de crédito ficou em 434,4% ao ano em novembro de 2023 –cerca de um mês antes das mudanças impostas na modalidade–, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira (4).

Houve um recuo de 10,6 pontos percentuais na modalidade na comparação com outubro, quando a taxa estava em 445% ao ano.

Apesar da redução mensal, em 12 meses até novembro o avanço foi de 38,1 pontos percentuais. Embora a tendência seja de queda, o juro no rotativo está acima dos 400% ao ano desde dezembro de 2022.

No ano passado, o rotativo ainda não estava sujeito à nova regra que limita os juros cobrados na modalidade. Desde quarta (3), a dívida de quem atrasa o pagamento da fatura do cartão não pode mais superar o dobro do montante original, incluindo juros e encargos.

As altas taxas praticadas no rotativo entraram na mira do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro trimestre do ano passado. Diante do impasse nas discussões, uma solução para reduzir os juros acabou passando pelas mãos do Congresso Nacional.

As novas regras para o rotativo foram estabelecidas pela lei do Desenrola, sancionada em outubro, e regulamentada em dezembro pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) –colegiado formado pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Em novembro, houve liberação recorde de R$ 32,97 bilhões no rotativo do cartão de crédito. Foi o mês com maior volume concedido nessa modalidade desde o início da série histórica em março de 2011.

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