Economia
Com�rcio tem faturamento de R$ 2,7 bilh�es

EDIVALDO JUNIOR Que o comércio é o setor mais importante da economia alagoana, já se sabe. Mas, agora, a força deste setor foi traduzida, oficialmente, em números pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Alagoas tem 10.874 estabelecimentos com receita de revenda que geram 43.380 empregos. O faturamento anual do setor (receita líquida de revenda) é de R$ 2,774 bilhões. Os dados fazem parte da Pesquisa Anual do Comércio, relativos ao ano de 2000, divulgada esta semana pelo IBGE. Em relação aos números da pesquisa de 1999, o comércio teve crescimento tanto no número de estabelecimentos quanto no faturamento. A receita do setor saltou de um ano para o outro de R$ 2,262 bilhões para R$ 2,774 bilhões, um aumento de 25% aproximadamente. O número de estabelecimentos subiu de 10.501 para 10.874 ou pouco mais de 3%. Por segmento, o varejo é, de longe, o mais importante do setor. De acordo com dados da pesquisa de 2000, o comércio atacadista tinha naquele 526 estabelecimentos no Estado (pouco menos de 5% do total) e gerou 4.773 empregos e um faturamento de 880 milhões. Com mais de 95% dos estabelecimentos (9.628), o comércio varejista gerou, em 2000, 33.291 empregos diretos e faturamento de 1,179 bilhão. O crescimento do comércio é considerado positivo pelas lideranças do setor. O ideal era que os dados fossem mais atualizados. Um quadro de 2001 nos permitiria fazer uma leitura melhor da nossa realidade, afirma Wilson Barreto, presidente da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Maceió. Para ele, o crescimento e a saúde do comércio dependem mesmo é da política econômica. Se o governo cortar os juros, teremos de imediato um aquecimento das vendas. Esperamos que novas medidas de incentivo ao consumo sejam adotadas até o fim do ano. Se isto acontecer, as vendas com certeza vão reagir, avalia. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Maceió (Sincomércio), Silvio Arruda, também está satisfeito com o resultado da pesquisa. Mas ele defende, como medida de incentivo, uma reforma na política fiscal do governo de Alagoas. A carga tributária é muito alta e o sistema de cobrança ineficaz. Se reduzisse o ICMS pago diretamente pelo comerciante para 5% o governo aumentaria a arrecadação e ainda ajudaria o setor a crescer, analisa.