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quarta-feira, 26/03/2025 | Ano | Nº 5931
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D�lar fecha a R$ 2,885, 2� recorde em 5 dias

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Pela segunda vez em cinco dias, o dólar comercial bateu o recorde da história do real. A moeda norte-americana fechou a R$ 2,880 na compra e a R$ 2,885, alta de 2,19%. Durante a tarde, a cotação bateu em R$ 2,888. O valor é o maior em um fechamento desde que o real foi adotado como moeda brasileira, em 1994. Com esta alta, o dólar já acumula neste ano uma valorização de 25,1% sobre o real. Como os analistas previam ontem pela manhã, o mercado teve um dia nervoso por causa do escândalo da WorldCom, uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo. Isso afetou as ações de telecomunicações. As ações PN da Embratel, por exemplo, fecharam em queda de 25. A WorldCom é dona da Embratel. As ações da empresa despencaram e provocaram queda nos índices dos EUA. Os negócios foram suspensos do pregão na Nasdaq, a Bolsa do setor de tecnologia, que chegou a perder mais de 3%, mas se recuperou e fechou com alta de 0,38%. Esse escândalo refletiu não apenas no mercado cambial, mas também na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que chegou a cair 2,56% durante o dia, mas conseguiu reduzir a baixa e fechou com pequena queda de 0,14%, aos 10.690 pontos e giro de R$ 454,504 milhões. As ações da Embratel lideraram as baixas de hoje. Os papéis preferenciais (sem direito a voto) caíram 25,5%, para R$ 2,13 o lote de mil ações, e os ordinários, 16,6%, a R$ 3,10 o lote de mil. As bolsas asiáticas também sofreram quedas. As irregularidades trouxeram desconfiança dos investidores sobre o setor de telecomunicações. “Esse final de mês está sendo um horror. A melhor política, para quem pode, é ficar na margem. Se (o dólar) está barato, se está caro, ninguém sabe”, comentou o diretor de tesouraria de um banco de investimentos. “O mundo está ruim, hoje está havendo uma destruição de riqueza mundial, a maior parte das bolsas recua...” Risco-país sobe 4,8% e chega a 1.710 pontos O escândalo da empresa norte-americana WorldCom afetou ontem o mercado de títulos da dívida de países emergentes e fez o risco-país brasileiro fechar a 1.710 pontos, com alta de 4,8%. O Brasil tem hoje o segundo maior risco-país do mundo, atrás apenas da Argentina (6.916 pontos) e à frente da Nigéria (1.613 pontos) e do Equador (1.360 pontos). O valor está próximo de seu recorde histórico, registrado em 14 de janeiro de 1999, durante a crise da desvalorização do real, quando subiu a 1.779 pontos. O risco-país reflete a impressão dos investidores estrangeiros em relação a determinada economia. Calculado pelo banco JP Morgan por meio de seu índice Embi+, o indicador mede, em centésimos de pontos percentuais, a diferença entre os juros pagos pelos bônus de um país e os do Tesouro dos EUA. Quanto maior essa diferença, maior seria a possibilidade de o país declarar moratória. O C-Bond, principal título da dívida brasileira negociado no exterior, perdeu 0,93% e era comercializado a 59,94% do valor de face. Emergentes O risco dos países emergentes, medido pelo índice EMBI+ do J.P. Morgan, finalizou o dia com elevação de 2,32%, aos 837 pontos. A pontuação máxima atingiu 876. Novamente os Estados Unidos ditaram o forte avanço do indicador que engloba o risco dos países periféricos. Investidores do mundo todo repercutiram mal a notícia de fraude no balanço da operadora de telefonia WorldCom. Entre os países da América Latina, o EMBI+ do Brasil subiu 4,8%, para 1.710 pontos. Panamá avançou 7% (519 pontos); Argentina, 5,24% (6.910 pontos); Venezuela, 4% (1.196 pontos) e México, 2,48% (331 pontos). Dos países do Leste Europeu, o risco da Turquia subiu 10,35% (949 pontos) e o da Bulgária, 5,29% (418 pontos).

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