Dívidas
Americanas tem prejuízo de R$ 4,6 bi nos primeiros nove meses de 2023
Total representa recuo de 23,5% frente às perdas de R$ 6 bilhões registradas no mesmo intervalo de 2022

A Americanas, varejista em recuperação judicial desde janeiro de 2023, com dívidas declaradas de R$ 42,5 bilhões, informou nesta segunda-feira (26) que registrou prejuízo líquido de R$ 4,6 bilhões nos primeiros nove meses do ano passado.
O total representa um recuo de 23,5% frente às perdas de R$ 6 bilhões registradas no mesmo intervalo de 2022.
Também nesta segunda a 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro homologou o plano de recuperação judicial da companhia. O plano havia sido aprovado pela maioria dos credores em 19 de dezembro do ano passado.
“A Americanas, de acordo com o PRJ [plano de recuperação judicial] aprovado e homologado judicialmente, divulgará comunicados aos credores e ao mercado a respeito dos prazos a serem iniciados com a publicação da decisão judicial que homologou o PRJ”, afirmou a empresa em nota.
A receita líquida de janeiro a setembro de 2023 da varejista somou R$ 10,3 bilhões, uma queda de 45% sobre o intervalo anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi negativo em R$ 1,56 bilhão, contra R$ 1,28 bilhão negativo um ano antes, enquanto a margem bruta melhorou 11,1 pontos percentuais, para 27,7%.
O resultado financeiro ficou negativo em R$ 2,2 bilhões, frente aos R$ 4 bilhões negativos de janeiro a setembro de 2022.
PATRIMÔNIO
A varejista encerrou os nove primeiros meses de 2023 com um patrimônio líquido negativo em R$ 31,2 bilhões, uma piora de 16,8% sobre os R$ 26,7 bilhões de passivos a descoberto que a empresa tinha ao fim de 2022.
O balanço dos meses de janeiro a setembro de 2023 publicados nesta segunda foram adiados por três vezes pela atual gestão da Americanas. A empresa espera divulgar o resultado do quarto trimestre em 26 de março.
Na mensagem da administração, a Americanas se referiu a 2023 como o ano “mais desafiador” da sua história, iniciada em setembro de 1929 no Rio de Janeiro.