Preço do Sururu pode chegar aos R$ 70 o quilo durante a Semana Santa
Comerciantes dizem que importação do molusco e alta demanda estimulam uma alta do preço em Maceió
Por ROGÉRIO COSTA | Edição do dia 02/03/2024 - Matéria atualizada em 02/03/2024 às 04h00
Comerciantes do Mercado do Peixe, em Jaraguá, afirmam que o sumiço do sururu das lagoas e o abastecimento feito por outros estados levam a uma alta dos preços do insumo, principal prato da culinária alagoana e muito consumido durante a Semana Santa.
Nesse momento, a principal dica para fugir da alta dos preços é antecipar a compra do produto disponível. A sugestão é de Marivaldo Martins, vendedor de pescado no Mercado de Peixes do Jaraguá, tradicional ponto de venda da capital alagoana.
Ele explicou que o sururu oferecido hoje é um produto que vem de outros estados, como Sergipe e Bahia. O comerciante, ao longo dos seus mais de 35 anos no mercado, arriscou que o preço pode aumentar ainda mais, podendo chegar aos R$ 70, dependendo da procura dos consumidores.
“O melhor sururu é o nosso, mas, infelizmente, está em falta nas nossas lagoas. O sururu que temos aqui vem de fora, da Bahia, Sergipe, já vem com um preço mais alto. Lamentavelmente, o sururu sumiu e só estamos vendendo um produto que chega por aqui com um preço elevado”, explica.
No momento, o maceioense está desembolsando entre R$ 40 e R$ 50 por um quilo de sururu. Ano passado, o quitute chegou a bater os R$ 60 o quilo durante o período religioso. Na Balança do Peixe de Jaraguá, os comerciantes antecipam que não vai faltar abastecimento, mas os preços poderão subir durante a Semana Santa em virtude da alta demanda.
Há um mês da data, o comércio já se movimenta diante dos sinais de aquecimento nas vendas. Os fornecedores já se preparam para uma busca crescente pelo produto na capital visando a formação de estoques. A expectativa é de uma alta de 10% nas vendas de peixes, moluscos e crustáceos esse ano.
Normalmente, peixe e camarão apresentam uma diversidade maior, portanto, há opções e preços para todos os gostos e sabores. Há espécies de peixes maiores e menores; com mais espinhas e menos espinhas; vendidos inteiros ou já tratados. Esses detalhes fazem a diferença e são decisivos na preferência dos compradores.
Nem sempre o gosto e o sabor prevalecem durante a escolha e a decisão de compra dos clientes, mas o preço é sim um fator decisivo para quem vai levar o pescado para casa durante o período de jejum.
Os peixes mais indicados para a fritura são aqueles de carne firme e que não despedaçam durante o preparo. Para quem prefere saborear um ensopado, é recomendada a utilização de peixes em postas, mais gordurosos e firmes, para não desfiarem durante o processo de cozimento.
Espécies como o dourado, cavala, cioba, robalo são algumas das mais procuradas pelos apreciadores de frutos-do-mar. Há também peixes menores e, dependendo da receita utilizada na feitura dos pratos, igualmente saborosos. Em média, 1 kg de cavala, peixe muito procurado pelo sabor e pela qualidade da carne, pode ser comprado por R$ 50 nas balanças de peixe da capital alagoana. Outra opção de compra é o robalo, também conhecido como camurim, bastante consumido e incluído entre as com maior valor no mercado do pescado. Agora, um quilo sai por R$ 60.