Apesar da interven��o, d�lar sobe quase 1%

São Paulo – Boatos de uma ultrapassagem na corrida eleitoral impediram que o Brasil pudesse se beneficiar, ontem, da alta das Bolsas mundiais. As Bolsas americanas, cujas quedas recentemente vêm contaminando os mercados brasileiros, registraram fortes altas, em um dia de pouco movimento por causa do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos. No Brasil, a Bovespa caiu 1,13%, o dólar subiu 0,88%, para R$ 2,882, e os juros futuros subiram. Entre as 20 bolsas mais acompanhadas no mundo todo, apenas a brasileira caiu hoje. Enquanto isso, o mercado americano operava em forte alta num pregão de meio período, que também reduziu em muito o volume de negócios com títulos da dívida externa brasileira, cujos juros no mercado secundário determinam o risco-Brasil. Apesar de o Banco Central ter, pelo segundo dia seguido, vendido US$ 100 milhões ao mercado, o dólar fechou em alta. A moeda norte-americana encerrou a semana com valorização de 2,1%. Mais uma vez houve especulações em torno de pesquisas eleitorais. O mercado aguarda a divulgação de sondagens feitas por três institutos, Vox Populi, Datafolha e Ibope, para os próximos dias. O rumor entre as mesas de operações era que o candidato do PPS, Ciro Gomes, poderia até mesmo superar José Serra (PSDB) na preferência dos eleitores. O dia foi fraco ontem para os negócios. O mercado norte-americano funcionou apenas por meio período, ainda em decorrência do feriado local. Em dias como esses, qualquer pequena operação tem forte influência no comportamento da cotação. Ainda assim, e apesar da intervenção do BC, a moeda se manteve em alta, pela força da ação de especuladores. “A intervenção do BC só surtirá efeito de médio a longo prazos”, afirma Maurício Zanella, do Lloyds TSB. Ele lembra que, no ano passado, quando a medida foi implementada pela primeira vez, levou tempo para que ela começasse, efetivamente, a segurar as cotações: “Houve dias em que o BC ofereceu a ração e o dólar subiu forte.