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quarta-feira, 25/06/2025 | Ano | Nº 5996
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ALTA DE PREÇO

Preço do coco aumenta quase 84% e afeta panificadoras

Associação dos Panificadores aponta que preço da fruta subiu de R$ 12 para R$ 22 o quilo

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Pão de coco deve sofrer reajuste devido o aumento no preço da fruta
Pão de coco deve sofrer reajuste devido o aumento no preço da fruta | Foto: Ailton Cruz

Em Alagoas, o preço do coco in natura sofreu um aumento de quase 84% este ano, passando de R$ 12 para R$ 22 o quilo, de acordo com o empresário Clodoaldo Nascimento, presidente da Associação dos Panificadores do Estado de Alagoas (Apea). Essa elevação impactou diretamente os consumidores e levou os panificadores a reavaliarem suas estratégias de venda.

Segundo Clodoaldo Nascimento, outros produtos consumidos nesta época também tiveram reajustes, especialmente itens de confeitaria, como a brasileira e o bolo líder, que é composto de 50% de leite condensado e 50% de coco in natura. "Eles sofreram um aumento de 20% em seus preços. Como resultado, muitos clientes tiveram que reduzir a quantidade comprada, refletindo a pressão sobre o orçamento familiar”, disse.

“A situação está complicada demais, inclusive por causa das fábricas, que vão nos sítios colocando preço e comprando os cocos todos. A produção caiu e o consumo aumentou e por isso que está esse preço também”, disse o fornecedor de coco José Costa, conhecido como Grilo do Coco.

José Costa declara ainda que o preço não deve diminuir em pouco tempo e que a tendência é subir ainda mais, já que áreas antes destinadas ao plantio passaram a ser utilizadas para a expansão imobiliária, além da instalação de indústrias em cidades alagoanas que acabam comprando grande quantidade da fruta. Tudo isso impactou nos preços, na avaliação do fornecedor.

“O consumo de coco agora está muito grande. Usa muito coco e a maioria do pessoal derrubou os coqueiros na Massagueira no tempo que estava barato e agora vai ser tudo condomínio. Aí os cocos que têm é tudo por aquela banda de Coruripe é de R$ 3,80 para ir pegar lá, quando vem chegar aqui (Maceió), quando for pagar o frete chega R$ 4 para gente”, diz José Costa sobre o preço do coco.

Dentre as alternativas apresentadas pelo proprietário do estabelecimento comercial para manter a clientela, ele conta que decidiu não repassar o aumento do preço imediatamente. “Estamos reduzindo nossa margem de contribuição sobre os pães e bolachas de coco para torná-lo mais acessível aos clientes, diminuindo a oferta para não impactar muito em nossas margens brutas”, explica Clodoaldo Nascimento, que é proprietário de uma panificação em Maceió.

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