Economia
D�lar e risco-Brasil fecham em forte alta

O dólar comercial subiu com intensidade ontem. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada para venda a R$ 2,860 (compra a R$ 2,854) pela taxa do Banco Central, uma alta de 1,74% em relação ao fechamento de sexta-feira. O dia foi tenso no mercado internacional. As bolsas norte-americanas passaram a maior parte do dia em forte queda e se recuperaram no final dos pregões. A Bovespa também caiu fortemente e as bolsas européias tiveram baixas fortes. Na análise de Alexandre Mathias, economista-chefe do Unibanco Asset Management, a desvalorização do euro frente ao dólar causou turbulência nos mercados financeiros. Na sexta, o dólar fechou a R$ 2,811 para venda. A política de intervenções diárias com venda de dólares no mercado, adotada na semana anterior pelo Banco Central, não tem conseguido reduzir a cotação do dólar. O Banco Central está vendendo US$ 50 milhões por dia no mercado de câmbio, política adotada para todo o mês de julho para tentar aumentar a liquidez no mercado. Na Bolsa de Valores de São Paulo, o Índice Bovespa caiu 3,04%. Dados sobre estoques nos Estados Unidos e uma recomendação radical de venda dos papéis do setor de tecnologia pela corretora Merrill Lynch espalharam pessimismo pelos mercados, num momento em que já começavam novas especulações sobre pesquisas eleitorais no Brasil. A taxa de risco do Brasil também sofreu alta ontem. O risco-país do Brasil atingiu 1.546 pontos básicos, uma alta de 2,1% em relação à sexta-feira. Isso significa que os títulos da dívida brasileira estão pagando 15,46 pontos percentuais acima dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.