Pnad Contínua
Crescimento da renda média mensal em Alagoas atinge 2ª maior alta do País, diz IBGE
Na passagem de 2023 para 2024, rendimento médio do alagoano saltou de R$ 1.839 para R$ 2.160, um avanço de 17,4%

O rendimento médio real - ou seja, descontada a inflação - do alagoano registrou um crescimento de 17,4% em 2024, na comparação com o ano anterior, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se do segundo maior crescimento do país, atrás apenas de Pernambuco, que apresentou um aumento de 21,7% no período. Segundo o levantamento, na passagem de 2023 para 2024, o rendimento médio mensal em Alagoas saltou de R$ 1.839 para R$ 2.160, enquanto em Pernambuco, o rendimento saiu de R$ 1.824 para R$ 2.221.
Esses rendimentos consideram todas as fontes de renda: programas sociais, aposentadoria, pensões ou outras fontes, como alugueis, aplicações financeiras e bolsas de estudo.
De acordo com a Pnad Contínua, a renda média real do alagoano é recorde para toda a série história, iniciada pelo IBGE em 2012. Naquele ano, o rendimento real no estado era R$ 866, o que significa dizer que em 13 anos, a renda média em Alagoas avançou 149,4%.
Embora tenha registrado a segunda maior alta no rendimento médio mensal em todo o país, Alagoas ocupa o 22º lugar nacional no indicador. O ranking é encabeçado pelo Distrito Federal, que registrou renda média real de R$ 5.147. Em seguida aparecem São Paulo (R$ 3.785), Rio de Janeiro (R$ 3.618), Santa Catarina (R$ 3.590), Rio Grande do Sul e Paraná (ambos com R$ 3.571). A média brasileira é de R$3.057.
Rendimento per capita
Alagoas também ocupou posição de destaque no crescimento do rendimento mensal real domiciliar per capita, que apresentou a quarta maior alta no país, atrás apenas do registrado em Pernambuco (+24,08%), Sergipe (+14,97%) e Paraná (+14,89%). Em 2024, a renda per capita alagoana somou R$ 1.317. Analisando a série histórica, o estado registrou aumento de 48,5% no rendimento per capita entre 2012 e 2024.
Em todo o país, o rendimento médio real dos brasileiros representa um aumento de 2,9% em relação a 2023, quando o rendimento médio da população foi R$ 2.971 e um aumento de 3,3% em relação aos R$ 2.948 registrados em 2019, antes da pandemia. Além de aumentar o rendimento médio real, o Brasil também aumentou a parcela da população que possui algum rendimento.
De acordo com a Pnad, do total de pessoas residentes no Brasil em 2024, 66,1% (equivalente a 143,4 milhões) tinham alguma renda. Em 2023, esse percentual era 64,9%.
De acordo com o analista do IBGE, Gustavo Fontes, o aumento do rendimento médio no Brasil foi puxado principalmente pelo trabalho.
“Apesar de programas sociais do governo importantes terem também contribuído para esse crescimento, o rendimento do trabalho em 2024 foi bastante importante no crescimento do rendimento de todas as fontes”, diz.
A pesquisa traz também o rendimento mensal real domiciliar per capita, ou seja, o rendimento dividido por todas as pessoas da residência, incluindo os que não possuem nenhum rendimento.
Esse valor também foi, em 2024, o maior da série histórica (R$ 2.020), e significa aumento de 4,7% em relação a 2023.
Em relação a 2012, quando esse rendimento era R$ 1.696, a elevação foi de 19,1%. Os rendimentos provenientes do trabalho representam 74,9% do total do rendimento domiciliar e, as demais fontes de renda, 25,1%.
