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Endividamento das famílias em Maceió avança 25,3% em abril, aponta Fecomércio

Levantamento mostra que 78,8% dos consumidores da capital tinham dívidas

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Apesar da alta em relação aos meses de abril, na comparação com março, o nível de endividamento recuou 1,6%
Apesar da alta em relação aos meses de abril, na comparação com março, o nível de endividamento recuou 1,6% | Foto: Divulgação

nível de endividamento das famílias de Maceió avançou 25,3% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo pesquisa divulgada nessa terça-feira (20), pela Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL). De acordo com o levantamento, no mês passado, 78,8% tinham dívidas na capital alagoana. Apesar da alta em relação aos meses de abril, na comparação com março, o nível de endividamento recuou 1,6%.

A pesquisa revela ainda que houve crescimento de 44,9% no número de consumidores que tinham contas em atraso - os chamados inadimplentes, aqueles que não cumpriram a obrigação de pagar uma dívida no prazo acordado. Na comparação com março, as famílias com contas em atraso registrou leve alta de 1,3% em abril.

Segundo Francisco Rosário, assessor econômico do Instituto Fecomércio de Alagoas, a boa notícia é que a porcentagem de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas diminuiu em 9,9%, na comparação mensal. Na comparação com abril de 2024, a redução foi de 17,3%. "Essa diminuição pode ser vista como um sinal positivo, sugerindo que, apesar do aumento do endividamento e das contas em atraso, uma menor proporção de famílias está em uma situação tão crítica que não conseguirá pagar suas dívidas", ressalta.

Em abril, 18,9% das famílias se consideravam muito endividadas, um aumento de 7,6% em relação a percepção de março, indicando um agravamento na percepção de endividamento entre as famílias. Por outro lado, 28,6% das famílias estavam mais ou menos endividadas, uma redução (-12,1%) em relação aos 32,5% do mês anterior.

"Essa redução pode ter sido distribuída tanto para famílias que estão muito endividadas, mas também, para as famílias pouco endividadas, que registraram um aumento de 4,4% em relação a março. As famílias sem dívidas também aumentaram de número em 6,4%, sugerindo uma diminuição na percepção de endividamento moderado e geral", defende Rosário.

Em todo o país, o endividamento das famílias em abril avançou pelo terceiro mês consecutivo, para 77,6% – ainda abaixo do resultado do ano passado, quando atingiu 78,5%.

No entanto, esse é o maior porcentual desde agosto de 2024, informou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Apesar desse aumento, o mês de abril continuou apresentando melhora da percepção do endividamento, com a queda do porcentual de pessoas que se consideram “muito endividadas”, indo para 15,4%, contra 16% no mês anterior.

A diferença foi principalmente para os “pouco endividados”, resultado favorável para o mês, com aumento da categoria de 30,4% em março para 32,4% em abril.

“Importante considerar que essa é uma percepção individual das famílias, captada pela pesquisa, ou seja, representa o que cada consumidor considera muito ou pouco em termos de endividamento”, explicou a CNC.

Ao contrário do que ocorreu em março, em abril o maior endividamento foi acompanhado por uma alta do porcentual de inadimplência, que atingiu 29,1%, mesmo nível encontrado em janeiro deste ano e superior ao de abril de 2024.

Acompanhando esse movimento, o porcentual de famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso interrompeu sua tendência de queda de três meses e avançou para 12,4%, também acima do resultado de abril de 2024.

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