Engrenagem econômica
Indústria da construção de AL movimenta R$ 3,4 bi em incorporações, obras e serviços em um ano
Empresas ativas no Estado pagaram R$ 482,8 milhões aos 19,4 mil trabalhadores empregados no setor


A indústria da construção alagoana gerou R$ 3,4 bilhões em valor de incorporações, obras e serviços em um ano, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo os dados do órgão — que toma como base o ano de 2023 —, o volume de recursos movimentados pelo setor no estado corresponde a 5,4% do total movimentado na região Nordeste, que atingiu R$ 68,8 bilhões no período.
Segundo a pesquisa do IBGE, as 522 empresas ativas na indústria da construção existentes no estado pagaram R$ 482,8 milhões em salários aos 19,4 mil trabalhadores do setor.
Para o vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção) de Alagoas, Alfredo Brêda, o valor movimentado pelo setor é alagoano é uma marca impressionante.
"Dentro disso estão incluídos também parte de obras de infraestrutura, mas, naturalmente, a indústria imobiliária tem muita força também. São cerca de 5.200 unidades imobiliárias negociadas", revela.
Segundo ele, isso contribui para impulsionar ainda mais a indústria da construção em Alagoas. "Há uma tendência que a indústria da construção no ano de 2025 supere tanto a marca em unidades imobiliárias quanto em infraestrutura. Acredito que o setor chegue a R$ 4 bilhões tranquilamente", ressalta.
Em todo o país, a indústria da construção gerou R$ 484,2 bilhões em valor de incorporações, obras e serviços em 2023, sendo R$ 461,6 bilhões em obras e serviços e R$ 22,6 bilhões em incorporações. O país tinha 165,8 mil empresas de construção, que empregavam 2,5 milhões de pessoas. No ano, essas empresas pagaram R$ 89,6 bilhões em salários.
Em 2023, a média de funcionários da indústria da construção foi de 15 pessoas por empresa, que receberam, em média, 2,1 salários mínimos por mês. As empresas de obras de infraestrutura tinham o maior porte (43 funcionários em média) e o maior salário médio mensal (2,6 salários mínimos) entre os três grandes segmentos. No entanto, foi o que apresentou maior queda nos salários médios pagos nos últimos 10 anos, considerando-se o valor de 3,7 salários mínimos. em 2014.
Serviços especializados para construção registraram a menor média de funcionários (10 pessoas) e salário médio mensal de 2 salários mínimos. Construção de edifícios, segmento com o maior número de empregados, registrou 14 pessoas ocupadas por empresa, recebendo 1,9 salário mínimo em média.
“Após a diminuição nos salários médios pagos a partir de 2014, influenciado principalmente pela redução deste indicador no segmento de obras de infraestrutura, o salário médio atingiu relativa estabilidade nos últimos 4 anos”, pontua o analista da pesquisa do IBGE, Marcelo Miranda.
As regiões Sudeste e Nordeste continuaram liderando entre as regiões com maior valor da construção, representando 49,8% e 18,1% do total nacional, respectivamente.
Contudo, ambas tiveram perdas na participação no total nacional em relação a 2014, quando as regiões respondiam por 52,4% e 18,6%, respectivamente. A região Norte também caiu, ao passar de 6,9% para 6,5%.
Já a Região Sul foi a que mais ampliou sua participação no mercado da construção nacional, ao subir de 12,8% para 16,2% no período. O Centro-Oeste subiu de 9,3% para 9,4%.