Lyra defende inovação e descarbonização para o desenvolvimento da indústria

Durante evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizado na tarde dessa segunda-feira (26), em Brasília, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra, defendeu a inovação e a descarbonização como palavras de ordem para o desenvolvimento do setor, não só no estado alagoano, como em todo o país.

O evento foi uma celebração em alusão ao Dia da Indústria, comemorado no domingo (25). Estiveram presentes personalidades da área industrial, como o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Além disso, compareceram o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barros; e o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

"É um dia muito importante, pois se comemora o Dia da Indústria na CNI. Normalmente, a gente regionaliza essa comemoração, mas a CNI, este ano, resolveu trazer todos os presidentes, todas as federações para comemorar em Brasília", destacou o presidente da Fiea, José Carlos Lyra.

Lyra enfatizou ainda que o foco do setor no estado é a inovação e a descarbonização, dois pilares que estão sendo trabalhos para a modernização industrial.

"Em Alagoas, estamos trabalhando muito com inovação, com descarbonização, que hoje é a palavra de ordem, além de tecnologia. Temos hoje um hub de tecnologia no Senai e avançamos muito com a indústria alagoana para modernizar e para que, cada dia, ela inove mais. O segredo para avançar o século e aumentar a produtividade na Indústria Nacional é uma inovação", conclui Lyra.

O encontro foi aberto pelo presidente da CNI, Ricardo Alban, que falou sobre o papel da indústria na economia nacional.

Ele destacou que não há país forte sem uma indústria forte e enfatizou a importância da segurança jurídica, da inovação e do desenvolvimento sustentável, mencionando a recente aprovação do novo marco de licenciamento ambiental como um avanço crucial para garantir previsibilidade e eficiência no setor produtivo.

Na sequência, houve uma palestra magna com o ministro Luís Roberto Barroso sobre Inteligência Artificial (IA) e Desenvolvimento Nacional.

Barroso destacou os desafios da regulamentação da IA​​no Brasil e a necessidade de proteção dos direitos fundamentais.

“O avanço tecnológico exige uma governança ética para garantir que a inteligência artificial sirva bem à humanidade, sem comprometer valores essenciais”, afirmou Barroso.

O ministro também apresentou a importância da IA ​​para o desenvolvimento econômico, mas alertou sobre os riscos de manipulação e uso indevido da tecnologia, reforçando a necessidade de um marco regulatório sólido.

"Minha posição é muito clara: o Marco Civil da Internet prevê a obrigatoriedade de retirada de conteúdo após uma decisão judicial, e acho que, sempre que houver essa determinação, naturalmente, deve-se retirar. No caso de crimes, a notificação privada também pode levar à retirada, pois há um dever de cuidado para evitar que certos conteúdos alcancem o espaço público", fala.

Em seguida, o ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, falou ao público sobre o programa do Governo Federal Mobilidade Verde e Inovação (Mover).

O programa amplia a exigência de sustentabilidade da frota automotiva e estimula a produção de novas tecnologias nas áreas de mobilidade e logística. Ele foi criado por meio de Medida Provisória assinada em dezembro de 2023 pelo presidente Lula.

Durante o evento da CNI, Alckmin apresentou resultados, impactos e lançamentos, com anúncio de recursos para a nova chamada do programa.

O último painel abordou o papel da política industrial em um novo contexto geopolítico, com a participação de Geraldo Alckmin; do ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias; e da secretária-geral das Relações Exteriores do Itamaraty, Maria Laura da Rocha.

Também participaram desse painel o vice-presidente da Siemens Energy e coordenador da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), André Clark Juliano; o vice-presidente da CNI e presidente da Fibrasa, Léo de Castro; e o senador Nelsinho Trad (PSD/MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.