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EFEITO BRASKEM

Inadimplência de aluguel dispara em AL e chega a 6,21% em abril, aponta índice

Percentual no estado ainda está acima da média nacional, que foi de 3,15% em abril

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Na região Nordeste a taxa média alcançou 4,55%
Na região Nordeste a taxa média alcançou 4,55% | Foto: Divulgação

A inadimplência de aluguel em Alagoas registrou índice recorde no mês passado, a maior alta desde 2023. Em abril o percentual alcançou 6,21%, diante de 4,60% no mês anterior. Na região Nordeste a taxa média alcançou 4,55%, acima da nacional de 3,15% no período.

Para o economista Diego Farias, a alta da inadimplência em Alagoas deve-se a alguns fatores, um deles, é o que ele chama de “efeito Braskem”, que elevou o valor do metro quadrado em Maceió, em decorrência da desocupação de três bairros centrais na capital.

“O segundo ponto é o aumento do índice de correção dos aluguéis que ficou bem acima da inflação. Juntando aumento do metro quadrado mais o aumento do reajuste anual é igual ao aumento da inadimplência, sem falar da nossa taxa de juros que está maior desde a última década”, afirma Diego Farias.

A variação de 1,61 ponto percentual - a diferença dos 6,21% de abril e 4,60% de março - é a maior desde a criação do índice em 2023. No comparativo com o mesmo período de 2024 (2,47%), houve um aumento de 3,47 ponto percentual. O índice no estado ainda está acima da média nacional, que foi de 3,15% em abril.

Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.

De acordo com o índice, a região Nordeste apresentou a maior taxa de inadimplência locatícia (4,55%), seguida pelo Norte (4,45%) e Centro-oeste (3,12%). Já as regiões Sudeste e Sul figuram no levantamento com taxas de 2,94% e 2,50%, respectivamente.

O levantamento revela ainda que em relação ao tipo de imóvel, na região Nordeste, a taxa de inadimplência de apartamentos caiu para 2,75%, em abril, mas ficou na média nacional de 2,08%; e a de casas subiu de 5,43% para 5,47%, também ficando acima da média nacional de 3,48%.

Já os imóveis comerciais registraram 7,27% de inadimplência, acima dos 6,59% do mês anterior. No país, a média foi de 4,33% no mesmo período.

No caso do cenário nacional, nos imóveis residenciais, a maior taxa de inadimplência foi na faixa de aluguel acima de R$ 13 mil (5,42%), enquanto a menor foi de imóveis de R$ 2 mil a R$ 5 mil (1,80%).

Já em relação aos imóveis comerciais, de acordo com o índice, a faixa até R$ 1 mil trouxe a maior taxa (6,87%), e a menor foi na faixa de R$ 2 mil a R$ 3 mil, de 3,70%.

O índice leva em consideração o valor do boleto, o tipo de imóvel e a sua localização, além das datas de vencimento e pagamento, que mostram se há inadimplência ou não. Foram analisados os dados de mais de 900 mil clientes locatários em todo o Brasil, sendo considerados inadimplentes aqueles que possuem boletos que estão há mais de 60 dias sem pagamento ou que foram pagos com atraso de mais de 60 dias.

*Com assessoria

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