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Maceió apresenta desaceleração no consumo de famílias, aponta estudo da Fecomércio

Segundo Laurentino, é preciso destacar que a taxa de juros no país segue alta e endividar-se não é uma boa alternativa

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Meses de maio, junho e julho representam, na economia, períodos de desaceleração
Meses de maio, junho e julho representam, na economia, períodos de desaceleração | Foto: Ailton Cruz

Maceió apresentou desaceleração no consumo das famílias e queda na confiança do empresário do comércio em maio. Isso é o que aponta a pesquisa do Índice de Consumo das Famílias (ICF), realizada pelo Instituto Fecomércio AL em parceria com a Confederação nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O ICF indica que no mês passado o ritmo de consumo desacelerou na capital e marcou 1,1%, ficando abaixo dos 2,3% registrados em abril, possível reflexo do maior custo do crédito e da inflação.

Para o economista Renan Laurentino, os meses de maio, junho e julho representam, na economia, períodos de desaceleração. “A mesma pesquisa da Fecomércio indicou em abril que houve uma desaceleração no endividamento do alagoano. Isso mostra que as pessoas estão mais preocupadas em estarem com seu nome limpo, com score maior para poder, no futuro, ter acesso a outros financiamentos ou nos seus planejamentos futuros”, avalia.

Segundo Laurentino, é preciso destacar que a taxa de juros no país segue alta e endividar-se não é uma boa alternativa neste momento. “Há toda uma condição, como disse na pesquisa, macroeconômica. E a gente pergunta, o que é que Alagoas tem a ver com isso tudo? O mundo é globalizado, então isso interfere porque nós vendemos açúcar para a Europa, nós também exportamos água de coco. Então para nós e para o empresário, como todo, a gente vê com certa preocupação esses mecanismos”.

O desempenho de maio foi puxado por três, dos sete subindicadores, os quais tiveram resultados negativos: emprego atual (-2,2%), renda atual (-0,2%) e perspectiva profissional (-2,3%). Os outros subíndices trouxeram um cenário mais positivo: acesso ao crédito (4,9%), nível de consumo atual (5,2%), perspectiva de consumo (4,1%) e momento para duráveis (1,4%).

“Mas de certo, a partir do agosto e setembro, a gente espera um aquecimento natural, porque no segundo semestre já se aproxima o décimo-terceiro, já começa a melhor estação do ano, o verão, já começam as movimentações de festividades e o varejo naturalmente também se anima com tudo isso”, finaliza o professor e economista Renan Laurentino.

Segundo a pesquisa, em termos orçamentários, as famílias com renda menor de 10 salários mínimos (10 SM) tiveram uma média de -0,3% no consumo e, nas com renda maior de 10 salários mínimos, a média foi de 1%. Com a intenção de compras dos consumidores de Maceió diminuindo, os reflexos acabam sendo sentidos na confiança do empresário.

De acordo com a pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), também realizada pelo Instituto Fecomércio AL em parceria com a CNC, o indicador marcou 96,8 pontos, caindo -1,1% em relação aos 97,9 pontos de abril.

A queda da confiança vem sendo contínua desde novembro, quando alcançou 117,7 pontos. Porém, até março vinha se mantendo acima dos 100 pontos, marcador considerado saudável, mas passou a ficar abaixo deste patamar em abril, quando recuou -2,8%. O desânimo do empresário do comércio alcança mais as empresas com até 50 colaboradores.

*Com assessoria

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