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Dólar cai e fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez desde 7 de outubro

Conflito no Oriente Médio e decisões sobre taxas de juros dos bancos centrais dominaram a atenção dos investidores benefício do assinante Você tem 7 acessos por dia para dar de presente. Qu

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A queda da divisa segue na esteira da fraqueza do dólar no exterior
A queda da divisa segue na esteira da fraqueza do dólar no exterior | Foto: Divulgação

O dólar caiu 0,96% nessa segunda-feira (16) e encerrou o dia cotado a R$ 5,487, renovando o menor patamar de fechamento de 2025. Desde o início do ano, a moeda norte-americana acumula uma queda de 10,34%, e no mês, um recuo de 3,13%.

É a primeira vez desde 7 outubro do ano passado que o dólar cai abaixo do patamar de R$ 5,50, quando fechou em R$ 5,485. Na mínima da sessão, às 16h58, perto do encerramento, a moeda chegou a recuar 0,99%, cotada a R$ 5,485.

A queda da divisa segue na esteira da fraqueza do dólar no exterior, impulsionada pelo maior apetite dos investidores por risco, devido à redução dos temores em relação ao conflito entre Irã e Israel e à queda nos preços do petróleo, que também se refletiu no mercado de ações. A semana também será de decisão sobre as novas taxas de juros no Brasil e nos EUA.

Já a Bolsa fechou com uma valorização de 1,48%, a 139.255 pontos, com apenas oito ações em baixa, acompanhando a melhora dos mercados americanos, europeus e asiáticos.

A sessão desta segunda teve como pano de fundo o quarto dia da guerra aérea entre Israel e o Irã. Até a noite de domingo (15) havia 224 mortos no Irã, país com dez vezes mais população que Israel, que registra cerca de 22 mortes.

Notícias de que o Irã está buscando negociações com os Estados Unidos para que o país pressione Israel a cessar fogo repercutiram positivamente, mas o clima permanece incerto, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmando que seu país estava no "caminho da vitória".

Em momentos de tensões geopolíticas, o dólar em geral é visto como um ativo seguro e tende a ser favorecido pelo sentimento de aversão ao risco que domina os mercados.

Neste pregão, no entanto, o dólar não conseguia sustentar seus ganhos, já que os investidores seguem demonstrando uma certa aversão a ativos dos EUA em meio às incertezas provocadas pela política comercial do presidente Donald Trump, que gera preocupações de desaceleração econômica global.

"O câmbio reflete uma combinação de apetite por risco, estabilidade relativa nas contas externas e um mercado que vê o Brasil, neste momento, como um destino relativamente seguro para os investimentos, apresentando retorno elevado e risco político parcialmente contido", disse João Duarte, sócio da One Investimentos.

Por outro lado, os preços do petróleo registraram quedas nesta segunda, após dispararem na semana passada, com os investidores diminuindo os temores com o conflito no Oriente Médio. Isso porque os ataques militares entre Israel e Irã durante o fim de semana não afetaram as instalações de produção e exportação de petróleo, criando uma percepção de que, por ora, a questão está localizada.

Os preços do barril de Brent, referência mundial, e do WTI (West Texas Intermediate), referência nos EUA, registravam quedas de 1,82% e 2,18%, revertendo parte da alta do último pregão. Os papeis da Petrobras fecharam com sinais mistos, com a PETR3, ações ordinárias, subindo 0,40% e a PETR4, ações preferenciais, se desvalorizando 0,86%.

"O mundo, de fato, não está sentindo os efeitos dos preços. Temos uma certa calmaria no mundo, e diria até que um otimismo nas ações. Não que o otimismo seja por isso, mas o mercado está olhando para outros fatores", disse Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos.

Os mercados asiáticos encerraram em alta nesta segunda. O índice CSI300 fechou em alta de 0,25%, enquanto o índice SSEC, em Xangai, ganhou 0,35%. O índice Hang Seng, referência de Hong Kong, subiu 0,7%.

Na Eurtopa, oíndice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,36%, a 546,91 pontos, interrompendo uma série de cinco dias de perdas. O setor de bancos foi o que deu o maior impulso ao índice, avançando 1,9%.

Entre as ações americanas, segundo dados preliminares, o S&P 500 ganhou 0,94%, para 6.033,26 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,52%, para 19.701,56 pontos. O Dow Jones subiu 0,76%, para 42.519,14 pontos.

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