Consequência
Indústria alagoana alerta para impacto de tarifa dos EUA sobre exportações de açúcar
A Federação das Indústrias do Estado de Alagoas classificou a medida como injustificável e preocupante


A decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros acendeu um alerta no setor produtivo de Alagoas. A Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) classificou a medida como injustificável e preocupante, destacando os efeitos diretos sobre as exportações alagoanas, especialmente do setor sucroalcooleiro.
A medida foi anunciada pelo do presidente Donald Trump, que lidera as pesquisas para as eleições norte-americanas e tem defendido o aumento de barreiras comerciais como parte de sua agenda econômica. A nova tarifa, segundo a FIEA, afeta diretamente o açúcar alagoano, principal produto exportado pelo estado para o mercado norte-americano.
De acordo com dados do Observatório da Indústria, em 2024 os Estados Unidos foram o terceiro maior destino das exportações de Alagoas, com volume superior a US$ 61 milhões. Em 2025, o município de São Miguel dos Campos foi responsável por mais de 90% das vendas de açúcar ao país norte-americano.
Para o presidente da Fiea, José Carlos Lyra de Andrade, a medida representa uma ameaça ao ambiente de negócios e à estabilidade de empregos no estado. “É essencial que o diálogo diplomático e comercial prevaleça, com vistas à manutenção de uma relação estratégica entre os dois países e à proteção dos empregos e investimentos no Brasil”, afirmou.
A federação manifestou apoio à Confederação Nacional da Indústria (CNI), que também se posicionou contra a medida. A entidade nacional considera que a tarifa fere os princípios de uma relação comercial equilibrada e cria obstáculos adicionais para a competitividade da indústria brasileira no cenário global.