Cestas e brindes movimentam mercado
A mesa farta no período natalino não é celebração à gula, pecado para a tradição religiosa do Ocidente e também abominada em outras culturas, mas à prosperidade, agradecendo o ano que se foi e pedindo-a para o que vai chegar. Mas, este ano, deverá ter um
Por | Edição do dia 30/11/2008 - Matéria atualizada em 30/11/2008 às 00h00
A mesa farta no período natalino não é celebração à gula, pecado para a tradição religiosa do Ocidente e também abominada em outras culturas, mas à prosperidade, agradecendo o ano que se foi e pedindo-a para o que vai chegar. Mas, este ano, deverá ter um significado ainda mais forte para o comércio varejista, devendo marcar, sobretudo, que as previsões de mau desempenho nas vendas do período mais esperado do ano, aquele em que nada pode dar errado, ficaram mesmo para trás. ### Correria para atender aos pedidos Definir como pesado o ritmo de trabalho das empresas de brindes no fim de ano pode parecer ironia: para dar conta de encomendas, em muitas é preciso dar serão toda semana e entre confecção de orçamento, da arte que vai ilustrar um produto, visitas a clientes e trabalho de pintura, não sobra tempo para mais nada, relatam empresários e funcionários do setor nem para dormir. Quando chega essa época, a gente não tem mais hora para sair. Às sextas, quando geralmente se tem encomenda grande para entregar no dia seguinte, a gente entra pela madrugada, tira um cochilo por aqui mesmo. Mas vale a pena, conta o impressor de serigrafia André Messias de Araújo. ### Natal deve ser sem sobressalto O mercado de varejo não deve sentir de modo mais drástico os reflexos da crise financeira internacional. A diferença da conjuntura brasileira para a de países atingidos, o tipo de setor e até a pouca inserção de Alagoas no cenário internacional estão entre as garantias de que o Natal, por aqui, deve transcorrer sem os sobressaltos reservados para outras economias. É claro que o desempenho não será o mesmo do ano passado, que foi excepcional. Mas, ainda assim, será positivo, diz o economista Cícero Péricles de Carvalho. ///