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Casa própria

Parcela de famílias que pagam aluguel em AL cresce 30,7% e soma 234 mil

Volume representa 21,2% do total de moradias existes no estado, aponta IBGE

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Do total de famílias que pagavam aluguel em Alagoas em 2024, 132 mil delas eram residentes em Maceió
Do total de famílias que pagavam aluguel em Alagoas em 2024, 132 mil delas eram residentes em Maceió | Foto: Ailton Cruz

O número de famílias que pagam aluguel em Alagoas saltou de 179 mil em 2016 para 234 mil no ano passado, um crescimento de 30,7% no período, de acordo com a edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nessa sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O volume representa 21,2% do total de moradias existentes no estado, que soma 1,1 milhão de unidades. Na comparação com 2023, quando o número de famílias que pagavam alugual registrou uma leve queda de 0,8%.

O levantamento do IBGE mostra ainda que do total de domicílios existentes em Alagoas no ano passado, 721 mil eram próprios, o que corresponde a 65,4% das residências. Já outros 39 mil eram próprios (3,5%), mas ainda com mensalidades sendo pagas.

Do total de famílias que pagavam aluguel em Alagoas em 2024, 132 mil delas eram residentes em Maceió, o que representa 56,4% do total. Em oito anos, o número de imóveis alugados na capital avançou 24,5%, aponta a Pnad Contínua.

Em todo o país, a proporção de famílias que pagam aluguel cresceu 25% em oito anos. Ao mesmo tempo, a parcela de lares que podem ser chamados de “meu” diminuiu 8%.

Em 2016, quando o país tinha 66,7 milhões de domicílios, 12,3 milhões eram alugados, o que representa 18,4% dos lares. Em 2024, o Brasil tinha 77,3 milhões de residências, sendo 23% deles (7,8 milhões) alugados. Esse aumento de 4,6 pontos percentuais equivale a 25%.

Em relação à casa própria já paga, a proporção caiu de 66,8% para 61,6% no período. Em 2024, o país tinha 47,7 milhões de residências próprias.

Em número absoluto de moradores, os que pagavam aluguel passaram de 35 milhões para 46,5 milhões em oito anos. Já os que moravam em casa própria quitada diminuíram de 137,9 milhões para 132,8 milhões no período.

Concentração

De acordo com o analista da pesquisa, William Kratochwill, a evidência de que há mais pessoas pagando aluguel proporcionalmente é indício de concentração de riqueza.

“É uma concentração da posse de domicílios para um grupo menor”, diz. Segundo ele, o aumento da concentração é “algo histórico e social”.

“Se não se criam oportunidades para a população adquirir o seu imóvel, e a pessoa continua querendo ter sua independência, ter sua família, como faz isso se não consegue adquirir um bem? Ela tem que partir para o aluguel”, analisa.

O pesquisador, no entanto, reconhece que dados recentes, do próprio IBGE, mostram crescimento no rendimento dos brasileiros.

Ele acredita que, se for mantida a evolução por longo prazo, as pessoas terão mais condições para ter a casa própria. “As condições para as pessoas avançarem na compra de domicílios vai acontecer”, projeta.

Kratochwill pondera ainda que há casos de pessoas que “alugam seu próprio apartamento para morar em outro alugado”.

A Pnad identificou também que, em 2024, 6% dos domicílios eram próprios, mas ainda sendo pagos; 9,1%, cedidos; e 0,2% em “outra condição”.

O IBGE constatou que nos últimos anos, o brasileiro tem trocado casa por apartamento. Em 2016, 13,7% dos domicílios eram apartamentos. Oito anos depois, a proporção subiu para 15,3% dos 77,3 milhões de residências.

As casas ainda são imensa maioria, mas, em proporção, caíram de 86,1% para 84,5%.

Em 2024, eram 183,3 milhões de brasileiros morando em casas; e 28,2 milhões, em apartamentos.

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