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Imóveis

Creci-AL ultrapassa 10 mil corretores registrados em Alagoas

Na semana em se que comemora o Dia do Corretor de Imóveis, 27 de agosto, profissionais destacam a importância da categoria para o mercado imobiliário

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Sérgio Cabral (à direita), durante posse de novos conselheiros do Creci-AL
Sérgio Cabral (à direita), durante posse de novos conselheiros do Creci-AL | Foto: Divulgação

Mais do que intermediários de compra, venda ou aluguel, os corretores de imóveis exercem um papel estratégico na movimentação econômica, atuando com conhecimento técnico, visão de mercado e compromisso com a realização de sonhos. Segundo dados recentes do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), o Brasil conta com mais de 500 mil profissionais registrados, o que evidencia a dimensão e a importância desse mercado.

Em Alagoas, com um mercado imobiliário que mantém o aquecimento há pelo menos três décadas, o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-AL) ultrapassou este ano o número de mais de 10 mil profissionais registrados. De acordo com o presidente da entidade, Sérgio Cabral, atualmente são aproximadamente 6.500 corretores exercendo a profissão em todo o estado. Desse total, 38% são de mulheres atuando na área.

“O perfil do corretor foi mudando à medida que o mercado também avançou. Na décadas de 1980 e 1990, por exemplo, eram apenas cinco mulheres corretoras em Alagoas. Hoje é outra realidade. Além disso, a qualificação é uma exigência porque para ser corretor é necessário ter o curso de Técnico em Transações Imobiliária. Isso foi importante para o todo o setor.

O presidente do Creci-AL ressalta, ainda, o trabalho importante para combater o exercício ilegal da profissão no estado. Outro ponto apontado por Sérgio Cabral está voltado para a atualização dos profissionais. “Nós temos a Terça da Qualificação, para os corretores que estão ingressando no mercado, e a Quinta do Construtor, quando abrimos as portas do Creci para que os construtores apresentem seus produtos aos corretores. É em um evento assim que os corretores geram relacionamento, adquirem mais conhecimento sobre os produtos, conhecem mais sobre o que vão apresentar aos clientes. Temos curso até para quem quer vender no exterior por meio de parcerias com corretores dos Estados Unidos ou da Europa”, completou Sérgio Cabral.

Entra as mudanças do mercado, ele destaca a velocidade de informação e a tecnologia a favor da profissão. “Antes eram os folders grandiosos. Hoje a ferramenta está na sua mão. Você pode apresentar um imóvel completo ao cliente no próprio celular. Isso garante agilidade para o cliente fechar o negócio”.

Escola chamada Dumont

Na década de 1980 a imobiliária Dumont era o celeiro dos corretores de imóveis em Maceió. Por lá circularam profissionais que imprimiram uma marca no segmento e moldaram os tipos de empreendimentos lançados na capital Maceió e em outros pontos do Estado. Entre a equipe que imprimiu um padrão está o empresário Márcio Rapôso. Ele tinha apenas 20 anos quando começou a vender imóveis. Com pouco mais de um ano de imobiliária, tornou-se gerente-geral, em seguida diretor, até se tornar sócio da empresa. Depois de oito anos, saiu da Dumont para inaugurar a sua imobiliária, em 1988.

Sobre as mudanças para os corretores, ele lembra que quando começou não existia nem maquetes dos empreendimento, mas apenas uma planta. “Isso exigia mais criatividade do corretor. Um bom corretor não pode pensar na venda, mas sim no sonho do cliente. Sempre digo na empresa que um cliente satisfeito traz frutos. É fundamental trabalhar com transparência, dedicação e honestidade. A corretagem é uma coisa maravilhosa mas é preciso se dedicar o dobro para ser diferente”, afirmou Rapôso.

Desafio

Para o empresário Nilo Zampieri, ser corretor de imóveis é viver diariamente grandes desafios. Ele destaca que todos os dias esse profissional sai de casa com responsabilidades familiares, compromissos e obrigações, mas sem qualquer previsão de receita. “É preciso matar um leão por dia e, mesmo após a venda, ainda existe o desafio de quando a comissão será recebida”, diz.

Segundo ele, muitas vezes, o corretor se depara com clientes que tentam driblar seus direitos ou com construtoras que não priorizam o pagamento do parceiro que foi fundamental para levar seu empreendimento ao mercado. “Vale lembrar que todos os construtores que hoje estão estabelecidos só chegaram até aqui porque houve corretores na ponta, acreditando em seus projetos, dedicando-se e vendendo com humanidade e profissionalismo. O corretor é um profissional resiliente, treinado para superar obstáculos. Para ser corretor precisa ter garra, determinação e coragem para enfrentar cada desafio”, completou.

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