Comércio exterior
Exportações alagoanas têm alta de 271% em agosto, no 1º mês do tarifaço dos EUA
No mês passado, as empresas alagoanas venderam US$ 25,1 milhões ao exterior, ante US$ 6,7 milhões de agosto de 2024, aponta ministério
As exportações alagoanas renderam US$ 25,1 milhões em agosto — o equivalente a R$ 135,7 milhões no câmbio atual. O volume corresponde a um crescimento de 271% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando as empresa locais exportaram US$ 6,7 milhões (R$ 36,2 milhões).
Os dados foram divulgados na quinta-feira (4), pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Quando comparada a julho, mês em que a venda para outros países movimentaram US$ 36,6 milhões (cerca de R$ 198 milhões no câmbio atual), as exportações recuaram 31,5% em agosto, o primeiro mês após o tarifaço de 50% imposto do governo de Donald Trump aos produtos brasileiros.
A consequência disso foi uma queda de 45,5% nas exportações para os Estados Unidos, na comparação com julho. Segundo os dados do ministério, as vendas alagoanas para o país somaram US$ 115,2 mil. Em números absolutos, na passagem de julho para agosto Alagoas deixou de vender US$ 96,1 mil para os americanos.
Em contrapartida, a Suíça comprou US$ 24 milhões às empresas do estado, o que representa 95,6% do total exportado em agosto. O volume corresponde a venda de minério de cobre feita pela mineradora Vale Verde.
Apesar do crescimento significativo das exportações em agosto, a balança comercial de Alagoas - medida pela diferença entre as vendas para o exterior e as importações — apresenta um déficit de US$ 75,8 milhões (cerca de R$ 410 milhões). O desempenho é consequência do crescimento de 55,5% nas importações, que movimentara US$ 100,9 milhões em agosto (R$ 545,8 milhões).
No acumulado do ano, as exportações apresentam uma retração de 2,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com os dados, de janeiro a agosto as empresas locais exportaram US$ 561,9 milhões. Já as importações movimentaram US$ 679,4 milhões no período, um crescimento de 28,4% ante os oito primeiros meses de 2024. Com isso, a balança comercial acumula um déficit de US$ 117,4 milhões (o correspondente a (R$ 635,1 milhões).
Como a Gazeta mostrou na edição de sexta-feira (5), as s exportações brasileiras totalizam US$ 227,583 bilhões e as importações, US$ 184,771 bilhões, com saldo positivo de US$ 42,812 bilhões e corrente de comércio de US$ 412,354 bilhões.
Segundo o ministério, na comparação com o mês de agosto de 2024, as exportações apresentaram um crescimento de 3,9%. No mesmo mês do ano passado, o país exportou o total de US$ 28,74 bilhões.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento da agropecuária de US$ 0,51 bilhões ( 8,3%) ; de US$ 0,74 bilhões na Indústria extrativa ( 11,3%) e queda de US$ -0,14 bilhões em produtos da Indústria de transformação (-0,9%).
Já em relação às importações houve queda de 2% na comparação entre o mês de agosto do ano passado, quando o volume ficou em US$ 24,22 bilhões. O desempenho da agropecuária foi praticamente nulo, ficando em 0,4%. A indústria extrativa apresentou crescimento de US$ 0,37 bilhões (26,5%) e queda de US$ -0,85 bilhões (-3,8%) em produtos da Indústria de transformação.