Alagoas registra 35,8 mil empregos formais no turismo, aponta observatório

Alagoas registrou no ano passado 35.835 empregos formais no setor turístico, que representam 8,3% de todas as ocupações do Nordeste e 1,5% do total nacional, segundo o Observatório Nacional do Turismo. O mesmo levantamento mostra que a região tem cerca de 433,3 mil trabalhadores nessa área, que cresce a cada ano.

Para avançar ainda mais no setor turístico, Samuel Silva, presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagens (ABAV/AL), sugere manter a qualidade dos serviços e assim garantir o interesse de turistas no estado.

Já Gabriel Cedrim, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH/AL), destaca que Alagoas tem um potencial diferenciado, com belezas naturais únicas e uma hotelaria cada vez mais qualificada. E que, para melhorar a competitividade em relação a estados vizinhos, é essencial ampliar os investimentos em promoção do destino.

“Nesse sentido, a ABIH Alagoas tem atuado lado a lado com o Governo do Estado, a Secretaria de Turismo e outras instituições, desenvolvendo projetos como o Vem com Agente para Alagoas e o Visite Alagoas, que levam a imagem do Estado para os principais mercados emissores de turistas do Brasil”, explica Gabriel Cedrim.

Na avaliação do presidente da ABAV, é preciso manter a fiscalização das atividades dentro do turismo para que a qualidade ao longo do tempo não caia e comprometa o interesse dos turistas pelo destino.

“A gente percebe investimentos na segurança, na infraestrutura e assim por diante. Mas não é apenas isso que garante a presença dos turistas, mas a segurança também naquele negócio que ele vai fazer com os prestadores, porque turismo, acima de tudo, é um negócio. Trabalha com lazer, com diversão, mas turismo é um negócio”, destaca Samuel Silva.

O resultado divulgado pelo Observatório Nacional do Turismo coloca Alagoas (35,8 mil empregos) entre os cinco estados da região com maior participação no mercado de trabalho ligado ao turismo, atrás da Bahia (123,5 mil), de Pernambuco (81,3 mil), do Ceará (66,5 mil) e do Rio Grande do Norte (34,2 mil).

O levantamento mostra que outro destaque de Alagoas foi a conectividade internacional de Maceió, que recebeu voos de Buenos Aires, Montevidéu e Córdoba.

O presidente da ABIH acrescenta que, outro ponto fundamental, é a manutenção e expansão da malha aérea, que garante conectividade e competitividade, permitindo que mais turistas tenham acesso a Alagoas.

“Além disso, investir em experiências e na valorização da cultura local fortalece o diferencial de Alagoas frente a outros estados. A ABIH Alagoas defende uma atuação contínua em três frentes principais: promoção, infraestrutura e qualificação”, argumenta.

Na promoção, a ABIH segue articulando com os poderes públicos iniciativas conjuntas que fortalecem a imagem de Alagoas como destino turístico estratégico no cenário nacional. “Projetos como o Visite Alagoas e o Vem com a Gente para Alagoas são exemplos claros de como essa parceria resulta em mais turistas e, consequentemente, mais geração de emprego e renda”, explica Cedrim.

Já na infraestrutura, a ABIH reforça a necessidade de investimentos que garantam uma experiência positiva do turista do início ao fim da viagem, incluindo aeroportos, acessos e serviços urbanos. E, por fim, na qualificação, a hotelaria precisa estar preparada para atender com excelência, o que exige programas contínuos de capacitação.

“Com essa visão integrada, acreditamos que Alagoas continuará crescendo como um dos destinos mais desejados do Brasil, com impacto direto na economia e na vida dos alagoanos”, finaliza o presidente da ABIH/AL.

Um dos pleitos da ABAV, segundo Samuel Silva, é buscar o reconhecimento da profissão de agente de viagens, que até o momento não é reconhecida.

“E por não ser reconhecida, está abrindo espaço para pessoas que não estão preparadas ou qualificadas a atuarem. Às vezes essas pessoas não estão nem preparadas para lidar com o financeiro de uma excursão, de uma viagem e às vezes não sabem nem precificar uma viagem. Isso termina comprometendo todo o funcionamento e resulta em o que a gente tem visto aí os golpes”, conclui.