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Gastos

Consumo das famílias alagoanas deve atingir R$ 81,7 bilhões este ano

O montante é 15,2% superior aos R$ 70,9 bilhões registrados em 2024

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As famílias alagoanas devem gastar R$ 81,7 bilhões ao longo deste ano, segundo estimativa do anuário IPC Maps 2025, especializado no cálculo de índices de potencial de consumo nacional. O montante é 15,2% superior aos R$ 70,9 bilhões registrados em 2024.

De acordo com o levantamento, Maceió lidera o consumo este ano, com gastos estimados em R$ 35,1 bilhões. Em seguida aparecem Arapiraca, com R$ 6,4 bilhões), Rio Largo (R$ 2,3 bi), Marechal Deodoro (R$ 1,7 bi), Palmeira dos Índios (R$ 1,7 bi) e penedo (R$ 1,4 bi).

O consumo em Alagoas este ano será puxado pelo setor de habitação, com gastos estimados em R$ 17,6 bilhões. Em seguida aparecem alimentação no domicílio (R$ 8,2 bilhões), veículo próprio (R$ 7,9 bi), higiene e cuidados pessoais (R$ 2,9 bi) e plano de saúde (R$ 2,8 bi).

No cenário regional, o Sudeste segue no topo, respondendo por 48,1% do consumo nacional. A região Sul, com 18,5% de representatividade, perde o segundo lugar para o Nordeste, que aumenta sua fatia para 18,6%. Na quarta posição vem o Centro-Oeste, com 8,8% e, então, a Região Norte, cuja participação é inferior a 6%.

Em todo o país, as famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 8,2 trilhões ao longo deste ano. Com base na atual estimativa de 2% do PIB, essa movimentação representará um aumento real de 3,01% em relação a 2024.

Mesmo com a elevada taxa de juros e a alta da inflação, o cenário é de otimismo para o consumo, com níveis porcentuais bem acima aos da economia. Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, a “melhoria dos níveis de emprego com carteira assinada proporcionou uma garantia de renda ao trabalhador, refletindo diretamente na escalada dos valores de consumo.”

A oferta maior de vagas de emprego formal também influenciou a atual configuração do perfil empresarial do País. Se nos anos anteriores houve um grande aumento na quantidade de empresas abertas, sobretudo de Microempreendedores Individuais (MEIs), em 2025 o crescimento de 4,2% em relação a 2024 foi puxado principalmente pelas Microempresas (MEs) em detrimento das MEIs, cuja quantidade basicamente se manteve.

Nesse sentido, o estudo repete a modesta baixa (de 27,80% para 27,72%) na participação das 27 capitais no mercado consumidor. Em queda, também, estão as regiões metropolitanas, que passam a responder por 44,63%, enquanto o interior aumenta sua presença para 55,37% no cenário nacional.

Por outro lado, do ano passado para cá, a quantidade de empresas subiu 3,8% nas cidades interioranas e 4,6% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 4,2% da média nacional. Tal fenômeno pode ser explicado pela então escalada do home office, que acabou atraindo muitos profissionais e MEIs para o interior em busca de melhor qualidade de vida a menores custos.

“Agora, essa ascensão de empregos com carteira assinada vem impactando diretamente a região que, por isso, apresenta um crescimento menor na quantidade de empresas este ano”, justifica Pazzini.

Na vantagem, as regiões metropolitanas garantem um incremento superior à média nacional, beneficiadas pela abertura de novas MEs, Sociedades Limitadas (Ltdas), Pequenos Portes (EPPs), entre outras empresas.

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