Consumo
Dia das Crianças deve injetar R$ 42,6 milhões na economia de Maceió
Pesquisa da Fecomércio de Alagoas mostra que 67% desse montante serão gastos com presentes


Comemorado no próximo domingo (12), o Dia das Crianças deste ano deve movimentar R$ 42,6 milhões na economia de Maceió, segundo pesquisa de intenção de compras divulgada pela Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL).
De acordo com o levantamento, 67% desse montante - o equivalente a R$ 28,5 milhões - devem ser desembolsado na compra de presentes. Outros R$ 14,1 milhões serão gastos nas comemorações da data.
Apesar do valor significativo, o desempenho deste ano apresenta uma retração de 22,5% antes os R$ 55 milhões movimentado no Dia das Crianças de 2024. Segundo a Fecomércio-AL, a queda decorre de um conjunto de fatores econômicos e comportamentais, já que além da inflação persistente e dos juros elevados, Maceió tem registrado aumento nos níveis de endividamento e de inadimplência.
Essa combinação compromete o orçamento familiar e reduz a capacidade de consumo das famílias, afetando as datas sazonais também. “É uma retração significativa e preocupante. Isto nos diz que as contas do mês provavelmente estão sendo alocadas para outras áreas ou até mesmo para guardar. Apesar de querer gastar, o consumidor quer gastar menos do que em anos anteriores”, avalia o assessor econômico Lucas Sorgato.
A pesquisa também mostra que 82,8% dos consumidores de Maceió pretendem ir às compras nesta data. O índice é 3,9 pontos percentuais maior do que os 78,9 registrados no ano passado.
Preferências
Lojas do Centro e brinquedos lideram na preferência dos consumidores. Como as estrelas da festa são as crianças, os brinquedos estão na preferência de mais da metade das intenções (59,78%), seguidos pelas peças de vestuário (23,73%); celulares, jogos eletrônicos, computadores e smartphones (6,52%); calçados e sandálias (5,62%); acessórios de beleza e cosméticos (3,8%); e livros (0,54%).
Em todo o país, o Dia das Crianças deve movimentar R$ 16,73 bilhões, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas.
De acordo com o levantamento, 37% pretendem gastar mais este ano, sendo que, 43% querem comprar um presente melhor, 37% apontam a alta dos preços e 33% pretendem ampliar a quantidade de presentes. Já entre os que gastarão menos (12%), a principal razão é a necessidade de economizar (27%), seguida do orçamento apertado (26%) e de dívidas em atraso (21%).
O principal motivo para a compra é o prazer em ver as crianças felizes (32%). Outros 22% mantêm o hábito de presentear pessoas queridas, 18% consideram a data um gesto importante e outros 18% entendem que a criança merece ser lembrada.
Entre quem não vai às compras, a ausência de crianças próximas na família ou círculo de amigos (38%), o foco no pagamento de dívidas (14%) e a falta de dinheiro (12%) são as justificativas mais recorrentes.
*Com informações da assessoria.