Alimentos
Embrapa inaugura nova unidade de pesquisa em Alagoas em dezembro
Obra está 85% concluída e contará com investimentos federais, estaduais e de emendas parlamentares


Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) inaugura em dezembro deste ano, a sua 43ª unidade de pesquisas, que funcionará onde era a antiga Companhia de Fiação e Tecelagem Norte de Alagoas, fechada em 1983, no povoado Saúde, em Ipioca, no litoral Norte de Maceió. A área de 16,6 hectares - o correspondente a quase 17 campos de futebol - foi doada pelo governo de Alagoas.
Nessa terça-feira, o governador Paulo Dantas, e o chefe-geral da Embrapa Alimentos e Territórios, Flávio Veloso, visitaram as obras da nova unidade, que estão sendo executadas com recursos do Governo Federal, na ordem de R$ 69 milhões. Além da doação do terreno, o Governo de Alagoas aplicou R$ 3,4 milhões na construção, com o apoio de R$ 28,2 milhões em emendas parlamentares da bancada federal.
“A Embrapa é uma referência mundial em pesquisa e traz inovações constantemente para o Brasil e para o mundo. Já contribuiu muito com o nosso estado, especialmente no setor da cana-de-açúcar, e agora teremos aqui um centro de pesquisa arrojado, inovador, com cerca de 150 servidores e 50 pesquisadores”, afirmou o governador, durante a visita.
Para Dantas, o Centro de Pesquisas da Embrapa chega em um momento de crescimento econômico e social do Estado. “O centro vem quando Alagoas vive o seu melhor momento na geração de oportunidades e no menor índice de desemprego da história”, celebrou.
“Alagoas era um dos poucos estados onde a Embrapa não tinha sede própria. Agora, teremos um centro com enorme potencial de agregar valor aos produtos agropecuários e de integrar o turismo. Essa região faz parte de um projeto amplo de desenvolvimento territorial, e estamos muito felizes em poder entregar esse espaço”, declarou Veloso.
Ele destacou que o novo centro terá uma abordagem diferenciada. “A Embrapa Alimentos e Territórios vai trabalhar com um novo olhar sobre a agricultura, envolvendo temáticas como o turismo e o consumo consciente. Isso vai permitir um salto nas pesquisas e na valorização dos alimentos brasileiros”, enfatizou.
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Marcelo Melo, ressaltou que o novo centro trará tecnologia e inovação para o campo. “Trazendo tecnologia, vamos levar mais desenvolvimento e produtividade, permitindo que pequenas áreas produzam mais e gerem mais renda para o homem e a mulher do campo”, pontuou.
Já a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aline Rodrigues, destacou a parceria já existente com a Embrapa, voltada para pesquisas no Canal do Sertão. "A Embrapa Alimentos e Territórios vai contribuir muito para os nossos pequenos agricultores, trazendo ciência e inovação aplicadas à produção de alimentos, especialmente na fruticultura. Isso fortalece nossa economia e ajuda a reduzir a fome em Alagoas”, afirmou.
Obras e empregos
O engenheiro Alessandro Kramen, fiscal da Embrapa, informou que dos 180 trabalhadores da obra, cerca de 80 são moradores da região, contratados nos distritos de Saúde, Pescaria, Riacho Doce e Ipioca. “Também tivemos essa preocupação social de gerar renda para as pessoas do entorno”, explicou.
Quando o centro estiver concluído, deverá empregar cerca de 120 pessoas, entre servidores, bolsistas e colaboradores contratados. "A partir de novembro, novos concursados já vão assumir seus cargos, o que vai movimentar a economia e impulsionar o crescimento da região norte”, acrescentou Kramen.
A Embrapa Alimentos e Territórios foi planejada em 2016 e entrou em funcionamento em 2018. Conforme a empresa, o propósito do centro de pesquisa em Alagoas é “agregar valor aos produtos agroalimentares brasileiros, com ênfase nas áreas de alimentos saudáveis e funcionais, gastronomia e turismo, segurança alimentar e desenvolvimento sustentável dos territórios a partir dos alimentos tradicionais.”
Segundo Flávio Veloso, Embrapa Alimentos e Territórios também atua para fortalecer políticas públicas voltadas para a alimentação de qualidade da população, “respeitando as especificidades culturais e regionais dos consumidores.”
