Município concentra quase 10% do total de empresas de AL

Levantamento divulgado na quinta-feira (30), pela Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal), revela que Arapiraca conta atualmente com 27.725 negócios ativos. O número representa um crescimento de 9,18% em relação a 2024. Em nível estadual, as empresas arapiraquenses representam 9,03% do total de empreendimentos do estado.

Segundo a Juceal, do volume de negócios existentes na cidade, 15.594 são microempreendedores individuais (MEIs), que registraram um crescimento de 4,53% em relação ao ano passado. Outros 8.983 são classificados como microempresas, que aumentaram 18,6%. Além disso, existem na cidade 1.678 empresas de pequeno porte (EPPs) e 1.470 negócios considerados sem porte.

Em relação às atividades econômicas, o comércio representa 43,1% do total registrado em Arapiraca, com 11.949 empresas. As outras principais seções de atividades são indústrias de transformação (2.306 negócios); alojamento e alimentação (2.280); transporte, armazenagem e correio (2.158); outras atividades de serviços (1.735); construção (1.713); e atividades profissionais, científicas e técnicas (1.346).

Refletindo a estrutura das pequenas propriedades rurais, a economia urbana de Arapiraca também é marcada pelo predomínio de micro e pequenas empresas: quase 90% dos empreendimentos são microempresas ou microempreendedores individuais.

"Ainda assim, um grupo de cerca de 2.500 empresas de médio e grande porte tem papel fundamental no tecido produtivo, destacando-se grandes nomes dos setores de distribuição, como s grupos Asa Branca, Andrade e Tio Vieira; e da indústria, como o Grupo Coringa, Araforros e a Mibasa", enumera o economista Cícero Péricles.

Além disso, lembra ele, modernas empresas de serviços, especialmente nas áreas de saúde, ensino superior, setor financeiro, hotelaria e tecnologia da informação, reforçam a vocação inovadora da cidade.

"A cidade de Arapiraca não é apenas o centro econômico de seu município, mas também o polo articulador de uma região que abrange o Agreste e o Sertão de Alagoas, integrando diversas localidades ao seu desenvolvimento. A antiga região fumageira, composta por 17 municípios produtores e exportadores de fumo, transformou-se num espaço fortemente vinculado a Arapiraca. Esses laços foram inicialmente construídos pela comercialização do fumo, concentrada em Arapiraca, e, posteriormente, ampliados pelas redes de comércio e serviços", completa.

Segundo Cícero Péricles, a maioria desses municípios mantém economias de base rural, sustentadas pela agricultura e pecuária, complementadas por pequenas atividades comerciais e de serviços urbanos. "Essa relação de interdependência é evidente em localidades como Craíbas, Coité do Nóia, Taquarana, São Sebastião, Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Campo Grande, Feira Grande e Limoeiro de Anadia".

Juntas, formam um conjunto de cidades profundamente integradas à moderna capital do Agreste. Com o crescimento urbano e econômico, Arapiraca expandiu sua influência além da antiga zona fumageira, projetando-se em direção a Penedo, Batalha, Palmeira dos Índios e São Miguel dos Campos.