Economia
Desemprego continua crescendo no Pa�s

Rio - O desemprego em junho atingiu 7,5% da população economicamente ativa na média das seis regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio passado, a taxa de desemprego havia ficado em 7,7%, maior percentual desde maio de 2000. Com esse resultado de junho, o primeiro semestre encerra com uma taxa média de desemprego de 7,3%. Esse percentual é maior do que o do mesmo período do ano passado (6,3%), mas ainda ficou um pouco abaixo do registrado nos primeiros semestres dos anos 1998, 1999 e 2000. O índice de junho deveu-se, principalmente, a um maior número de pessoas procurando trabalho, segundo o IBGE. Na comparação com junho do ano passado, houve um crescimento de 22,1% no número de pessoas de-sempregadas procurando trabalho. Entre as regiões, a busca por trabalho foi mais intensa no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde o contingente de pessoas em busca de emprego cresceu 39,5% e 35,9%, respectivamente. Já o número de pessoas trabalhando aumentou 1,3% na comparação com junho do ano passado. Entre os setores da economia, o crescimento da ocupação continua sendo puxado pelos serviços (2,5%) e comércio (2,2%). Já a indústria de transformação apresentou uma alta de apenas 0,6%. Mercado informal O crescimento na ocupação se deu mais fortemente pelo emprego sem carteira assinada, que cresceu 2,9%. Já os empregados com carteira assinada aumentaram 1,6%. O número de empregadores caiu 5,2%, e os trabalhadores por conta própria ficaram estáveis. As regiões que mais absorveram mão-de-obra em junho, na comparação mês a mês, foram Rio, Recife, Salvador e Belo Horizonte, que registraram crescimento da ordem de 3%. O IBGE realiza a pesquisa de emprego nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Renda média encolhe Também de acordo com o IBGE, o rendimento médio caiu 1,8% em maio na comparação com maio do ano passado. Desde janeiro de 2001 a renda média real (descontada a inflação) está diminuindo, quando se compara com o mesmo mês do ano anterior. Em termos nominais, a renda média das pessoas ocupadas corresponde a R$ 792,76, o que equivale a 3,96 salários mínimos. A região que mais sofreu a queda na renda foi Porto Alegre, com uma diminuição de 6,7%, seguida por Salvador (-3,9%), Recife (-3,2%) e São Paulo(-2,1%).