Habitação
Maceió é a única capital do NE com queda no preço do imóvel
Em novembro, o valor de venda dos imóveis recuou 0,20%, aponta boletim FipeZAP


O mais recente boletim do FipeZAP – índice de preços de imóveis no Brasil – mostra que a capital alagoana foi uma das poucas capitais do Brasil a registrar queda no preço de venda dos imóveis em novembro de 2025, um percentual de 0,20%, enquanto outras capitais do Nordeste, como Salvador, João Pessoa e Natal, tiveram alta.
Ainda segundo o índice, mesmo com essa redução, Maceió mantém valorização acumulada no ano (+5,94%) e em 12 meses (+7,62%), além de estar entre os m² mais caros da região (R$ 9.813/m²).
O boletim mostra que a capital tem bairros com forte valorização anual, como Pajuçara (+19,7%), Gruta de Lourdes (+20,4%) e Serraria (+16,5%), indicando um mercado em crescimento em segmentos específicos.
Na Pajuçara, por exemplo, o valor do metro quadrado em média está a R$ 14.325 /m², o mais valorizado da capital; seguido de Jacarecica, com R$ 11.423 m² e a Ponta Verde, a R$ 11.079 /m².
Quarenta e nove das 56 cidades monitoradas registraram alta nos preços, incluindo as 19 das 22 capitais dessa lista: Brasília (+1,55%); Natal (+1,14%); Manaus (+1,07%); São Luís (+1,03%); Salvador (+0,92%); Curitiba (+0,91%); João Pessoa (+0,90%); Belo Horizonte (+0,84%); Fortaleza (+0,82%); Goiânia (+0,58%); Rio de Janeiro (+0,51%); São Paulo (+0,41%); Cuiabá (+0,30%); Recife (+0,23%); Florianópolis (+0,23%); Teresina (+0,18%); Belém (+0,17%); Porto Alegre (+0,05%) e Aracaju (+0,05%).
Em Vitória (ES), os preços ficaram inalterados. Já em Campo Grande (MS) (−0,14%) e Maceió (AL) (−0,20%), houve queda.
Em relação aos últimos 12 meses, o Índice FipeZAP registrou uma alta de 6,92% nas cidades avaliadas. Nesse ponto, Maceió ocupa a 11ª colocação, com crescimento de 7,62%, e alcança melhor desempenho do que Campo Grande (+7,54%); Cuiabá (+7,37%); Porto Alegre (+6,12%); Manaus (+5,23%); Rio de Janeiro (+5,21%); São Paulo (+4,93%); Recife (+4,91%); Brasília (+4,02%); Aracaju (+2,92%); e Goiânia (+2,56%).
Em termos de tipologia, unidades com um dormitório se destacaram pelo preço médio de venda relativamente mais elevado na amostra mensal (R$ 11.588/m²), contrastando com o menor valor entre imóveis que possuíam dois dormitórios (R$ 8.605/m²). Entre as 22 capitais monitoradas, Vitória (ES) apresentou o valor médio mais elevado da amostra (R$ 14.102/m²), enquanto que Maceió ocupa a 7ª posição, com o preço médio de R$ 9.813/m². A segunda é Florianópolis (R$ 12.647/m²); terceira, São Paulo (R$ 11.882/m²); quarta é Curitiba (R$ 11.758/m²) e quinta o Rio de Janeiro (R$ 10.801/m²).
Em entrevista à Gazeta, o vice-presidente do Sinduscon-AL (Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas) e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), empresário Alfredo Brêda, avalia os resultados do boletim. “Essa queda de 0,20% ela não altera em nada a tendência do ano, porque é uma queda que não é significativa. É um ajuste de mercado, é um ajuste pontual na verdade, então não existe uma mudança estrutural nisso. Então a gente sabe que nos mercados em geral é uma coisa comum ocorrer essa variação de aumentos pequenos ou diminuição pequena. Outra coisa que vale ressaltar é que Maceió continua numa trajetória de contínua valorização. Estruturalmente a gente vem se valorizando. Mensalmente, Maceió é um dos mercados mais aquecidos do Nordeste”, destaca Alfredo Breda.
Segundo o empresário, o turismo tem ajudado muito a capital alagoana e faz com que os imóveis se valorizem. “Principalmente com muitos compradores de Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, que estão comprando imóveis em Maceió para investir. A gente sabe que a área nobre aqui de Maceió, Ponta Verde, Pajuçara e Jatiúca, mais próximo até terceira ou quarta quadra da praia são áreas bem valorizadas e vão continuar se valorizando. Quem investir em imóvel aqui não vai perder, pelo contrário, vai ganhar e sempre acima da inflação”, avalia.
O FipeZAP é um índice de preços de imóveis no Brasil, criado pela parceria entre a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e o portal ZAP Imóveis, que monitora e divulga mensalmente a variação de preços de venda e aluguel de apartamentos e salas comerciais, usando dados de anúncios para ajudar consumidores e investidores a entenderem o mercado imobiliário nacionalmente e em diversas cidades.
