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Consumo

Festividades natalinas devem injetar R$ 85,1 milhões em Maceió

Pelo menos 66,8% dos consumidores vão presentear na data mais significativa para o varejo

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Valor médio que cada cliente gasta em uma empresa por compra é estimado em R$ 332,59
Valor médio que cada cliente gasta em uma empresa por compra é estimado em R$ 332,59 | Foto: — Foto: Ailton Cruz

Pesquisa de Intenção de Consumo no Natal, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), mostra que as festividades natalinas devem injetar R$ 85,1 milhões na economia de Maceió. Pelo menos 66,8% dos consumidores vão presentear na data mais significativa para o varejo.

E, com tíquete médio (valor médio que cada cliente gasta em uma empresa por compra) estimado em R$ 332,59, serão investidos R$ 57,4 milhões somente em compras. Segundo a pesquisa, esse volume financeiro representa um acréscimo nominal de R$ 2,9 milhões em relação ao ano passado, uma variação positiva de 5,3%.

Segundo os dados da pesquisa, 93,2% afirmaram que pretendem realizar algum tipo de celebração, sendo o tíquete médio estimado em R$ 114,89, que corresponde a uma movimentação projetada em R$ 27,7 milhões.

“Os últimos meses do ano são bem relevantes para o comércio. O aumento do consumo, estimulado pelas compras de Natal e pela renda a mais, trazida pelo décimo terceiro salário, fortalece o caixa das empresas, movimenta a economia e oferece melhores condições para os empresários iniciarem o ano com mais capacidade de investimento”, reforça o presidente da Fecomércio, Adeildo Sotero.

De acordo com a pesquisa, o gasto com presentes, embora apresente crescimento mais moderado em termos nominais (+3,89% no ticket médio), registra crescimento real, uma vez que supera a inflação acumulada em 12 meses (4,46%) quando analisado pelo volume global movimentado (+5,37%). O resultado indica que, apesar da cautela, houve ganho efetivo de valor no consumo de presentes.

PRESENTES

Entre os itens mais procurados, destacam-se os itens de vestuário (roupas, sandálias, bonés e óculos) com 48,3% das intenções, seguidos por eletrônicos (23,8%) e brinquedos (13,6%). Em menor proporção aparecem os eletrodomésticos (5,4%), os acessórios de beleza e cosméticos (4,1%), os utensílios domésticos (2,0%), as cestas de Natal (1,4%) e os livros ou jogos (1,4%).

Esse padrão de consumo evidencia a preferência por produtos de uso pessoal, o que se comprova com o fato de que a maioria dos entrevistados declarou que presenteará a si mesmo (31,1%). Os filhos aparecem em seguida, com 21,7% das intenções, mas cônjuges (12,4%), os sobrinhos (11%), os afilhados (6,8%), netos (5,6%) e pais (5,1%) também estão na lista.

Shoppings (40,1%) e o Centro de Maceió (30%) serão os locais mais procurados nesse período de compras. O comércio online, que em 2024 alcançou 14,08% das intenções, ampliou sua participação para 23,3% neste ano. Lojas de rua e bairro (3,7%), supermercados e hipermercados (2,4%) e feiras ou comércio informal (0,2%) aparecem com menor representatividade.

Ainda de acordo com o Instituto Fecomércio AL, as faixas de preço serão variadas, ficando a maior parte dos consumidores com valores entre R$ 101 e R$ 500 (65,6%). O cartão de crédito será o meio de pagamento mais utilizado, já que pode ser utilizado para compra parcelada (26,7%), no débito (23,4%) ou no rotativo (9,7%), mas o PIX terá uma fatia significativa com 34,4%.

O consumo planejado é um ponto que aparece na pesquisa, mesmo com menor taxa de desemprego dos últimos 13 anos e aumento real do salário. Um dos principais motivos é o comprometimento da renda das famílias, com um endividamento de 76,7%, reforçando o caráter cauteloso do consumo das famílias alagoanas no período natalino.

Em todo o país, a data deve adicionar quase R$ 85 bilhões para a economia, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito.

A expectativa das entidades é que mais de 124 milhões de pessoas vão às compras no período. O valor médio de cada presente deve ficar em torno de R$ 174.

A pesquisa revela que os filhos devem ser os mais presenteados, com 58%; logo depois as mães, 46%; cônjuge, 40%; pai e irmãos com 23% para cada.

O levantamento ainda mostra que 28% dos consumidores vão comprar os presentes mais caros para os filhos; 19% vão dar o presente de maior valor para o cônjuge; e 18% para a mãe.

Daniel Sakamoto, gerente executivo da CNDL, explica que viagens e outras experiências vem tomando o lugar de presentes materiais.

“Um dado interessante que a pesquisa traz é que, aproximadamente, 43% afirmam que já substituíram, ou pretendem substituir os presentes normais, aqueles presentes materiais, por experiências, como viagem, jantar, passeio, entre outros. Então, existe aí uma tendência de, em alguns casos, trocar o presente físico por uma experiência e isso tem tudo a ver com o que a gente tem vivenciado nas novas relações de consumo”.

Sakamoto diz ainda que 8 em cada 10 pessoas devem pesquisar o valor dos presentes em várias lojas. Ele considerou essa atitude um passo importante antes de realizar a compra de Natal.

“Isso é muito importante porque, realmente, os preços variam bastante e hoje há várias ferramentas que ajudam o consumidor a fazer pesquisas. Pela internet, aplicativos, rede social e até mesmo pesquisa nas lojas físicas, como faziam nossos pais e avós”.

Daisy Rachid, dona de casa de 76 anos, compra presentes de natal todo ano e pretende gastar R$ 150 em cada um deles.

“Eu devo dar 15 presentes e não gosto de comprar pela internet. Eu gosto de comprar em lojas físicas, porque eu gosto de ver o produto”.

De acordo com a pesquisa, entre os itens mais comprados pelos consumidores no período natalino estão: roupas, com 52%; perfumes e cosméticos com 36%; calçados e brinquedos com 30% e acessórios com 22%.

*Com assessoria

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