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quarta-feira, 26/03/2025 | Ano | Nº 5931
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D�lar fecha pela primeira vez acima de R$ 3

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São Paulo – Pela primeira vez desde a criação do real, em julho de 1994, o dólar fechou acima de R$ 3, cotado a R$ 3,015. Ontem, a moeda registrou alta de 0,66%, encerrando uma semana histórica com valorização acumulada de 5,16%. Durante a tarde, os negócios praticamente pararam com a expectativa pela entrevista coletiva do ministro Pedro Malan (Fazenda). A notícia foi recebida pelo mercado logo após o intervalo para o almoço, e provocou euforia, levando o dólar a cair por alguns minutos. Entretanto, passado o impacto inicial - e conforme transcorria sem novidades a entrevista de Malan - a moeda voltou a subir, permanecendo em torno de R$ 3,01 até o fechamento. Frustração A entrevista aguardada com forte nervosismo acabou frustrando e acirrando ainda mais os ânimos já tensos no mercado financeiro. Ela começou pouco antes do fechamento do mercado de câmbio, com quase uma hora de atraso, com o ministro da Fazenda dizendo que não tinha nenhum “coelho na cartola” para derrubar o câmbio. O mercado esperava a qualquer momento medidas concretas para segurar a escalada do câmbio. Quando percebeu que “não tinha nenhuma medida bombástica para anunciar”, segundo as próprias palavras do ministro, o mercado puxou o risco-país para inéditos de 2.000 pontos - ainda o terceiro maior do mundo, atrás apenas da Argentina e Nigéria. A Bovespa acentuou o ritmo de perdas e despencou 4,6% no momento em que as Bolsas norte-americanas rumavam para fechar em forte alta, pela segunda vez na semana. Desastre Na avaliação do diretor da corretora Planner Luiz Antonio das Neves, a entrevista foi um “desastre”. Ele diz que o ministro só riu durante a entrevista - “fato incomum” - e não anunciou nada de relevante para o mercado financeiro. “É brincadeira. Se não tinha nada para falar, deveria ficar quietinho”, diz Neves. “Felicidade” Durante a entrevista, o ministro chegou a recitar versos da música “Felicidade” (1947), do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914-1974), que foi sucesso na voz do cantor baiano Caetano Veloso. “A minha casa fica lá detrás do mundo/ Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar/O pensamento parece uma coisa à toa/ Mas como é que a gente voa quando começa a pensar” foi o trecho da música citado pelo ministro para comentar as especulações do mercado sobre a assinatura de um novo acordo com o FMI nos próximos dias. O ministro não fez nenhum anúncio e se limitou a comentar a situação da economia dentro e fora do país, afirmando apenas que o Brasil conta com o apoio internacional e que acredita que o próximo presidente “manterá a responsabilidade fiscal”.

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