O’Neill vem garantir o apoio do FMI

Brasília – “A ajuda internacional ao Brasil não será só retórica”, disse ontem o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente. Na sua avaliação, o tom favorável ao Brasil adotado nos últimos dias e as mais recentes declarações do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O’Neill, mostram um apoio importante e expressivo. “Parece-me que vai além da retórica e que isso ficará demonstrado”. Segundo o ministro, o que o governo espera da visita de O’Neill ao Brasil, amanhã e segunda-feira, é “uma confirmação dessa posição”. Parente procurou, porém, afastar expectativas de que o acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI) será anunciado pelo secretário durante sua visita. Parente explicou que isso seria “inapropriado” porque as negociações não são com o governo norte-americano, mas com o FMI. “O acordo está sendo negociado em Washington”, ressaltou. “Estamos bastante confiantes (quanto ao resultado das negociações com o FMI)”. Urgência Parente afirmou que não participa diretamente da nego-ciação, mas assegurou que os entendimentos “caminham no processo normal de discussão, com senso de urgência”. As indicações positivas do governo norte-americano somam-se a uma atitude mais favorável também dos candidatos à presidência da República. “Pelo que tenho visto, essas posições têm melhorado bastante”, comentou o ministro. “Têm aparecido posições cada vez mais positivas na direção daquilo que é importante para o País - não para este governo, nem para o próximo, mas para o País”. O ministro explicou que a posição dos candidatos quanto ao acordo é importante, mas afastou a possibilidade de eles terem de assumir algum compromisso formal com o Fundo.