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segunda-feira, 17/03/2025 | Ano | Nº 5924
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FMI escala diretora para negociar aperto fiscal

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Washington - A diretora do Departamento Fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI), Teresa Ter-Minassian, foi escalada para participar das negociações do novo pacote de ajuda financeira ao Brasil. Isso significa que, apesar da oposição do governo a novos cortes de gastos, mais aperto fiscal deve estar sendo tratado. Tanto o FMI quanto a equipe econômica brasileira recusam-se a dar quaisquer detalhes das conversas para o fechamento do programa. As metas de ajuste fiscal exigidas pelo Fundo nos acordos que envolvem empréstimos passam necessariamente pela alçada de Ter-Minassian. Conhecida pelos vestidos de cores extravagantes, a ita-liana Ter-Minassian entende bem a economia brasileira. Até o ano passado, ela respondia pelo departamento do Hemisfério Ocidental, região que inclui o Brasil. Em várias ocasiões liderou missões do Fundo ao país. Ontem, a diretora do Fundo almoçou com os integrantes da missão brasileira, liderada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, enviada a Washington para acertar os termos do acordo. “Ela tem um cargo importante no Fundo, provavelmente tem um papel a desempenhar”, respondeu Bier, à entrada do prédio do FMI, a pergunta sobre se Ter-Minassian participava das negociações. De vestido amarelo com flores vermelhas, a diretora do FMI não quis dar entrevista. A posição contrária do governo a mais ajuste fiscal é bem clara. Na quarta-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse: “O Brasil já apertou tanto as contas que já não sabe mais onde apertar para se ajustar a um mundo que enlouqueceu”. Além do FMI, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial (Bird) também avaliam a concessão de empréstimos de emergência ao Brasil para fortalecer as reservas brasileiras. Linha de emergência O BID está estudando o uso de parte de sua recém-criada linha de emergência para formular um novo empréstimo ao País. O valor total dessa linha é de US$ 6 bilhões e seu propósito oficial é o de minorar custos sociais durante ajustes necessários em momentos de turbulência econômica. Embora nada ainda tenha sido decidido, a idéia do BID e do Bird é a de anunciar seus empréstimos simultaneamente ao do FMI - talvez já na próxima semana.

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