Economia
Pirataria gera evas�o fiscal de R$ 10 bi ao ano

A pirataria e o contrabando provocam uma evasão fiscal de R$ 10 bilhões por ano. Cerca de 1,5 milhão de empregos também deixam de ser criados, além dos prejuízos causados à indústria nacional e ao comércio formal. Esses dados foram divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), durante o lançamento do seminário Contra Pirataria e Contrabando: Uma Proposta de Cidadania, que será realizado em Brasília, nos dias 27 e 28 de agosto. Ainda de acordo com levantamento da CNI, calcula-se que as indústrias de roupas, CDs, brinquedos e cigarros perdem quase R$ 6 bilhões por ano com pirataria. A indústria de software estima um prejuízo de R$ 915 milhões. Calcula-se que 58% dos produtos à venda no mercado do setor são falsificados. Várias autoridades do governo, como os ministros da Fazenda, Pedro Malan, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, devem participar das discussões com o setor privado. Na última semana, grandes indústrias do setor de tecnologia da informação discutiram com Sérgio Amaral medidas destinadas a ajudar as empresas a enfrentarem a concorrência desleal do mercado informal. Segundo informou o diretor corporativo da Dell, Fernando Loureiro, o chamado mercado cinza é responsável pela venda de 70% dos computadores no mercado nacional. De cada 10 PCs vendidos, sete são do mercado informal, o que representa uma grande evasão de divisas, disse Loureiro. Os computadores do mercado cinza, conhecidos como PCs cinzas porque são montados com peças contrabandeadas, custam 25% menos que os vendidos na economia formal. A pirataria atualmente é uma preocupação mundial. Nos Estados Unidos, 25% dos softwares vendidos são piratas. Na Europa, de acordo com o jornal espanhol El País, em edição de maio, 40% dos discos vendidos são pirateados. O prejuízo da indústria fonográfica européia chega a 120 milhões de euros por ano.