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Gastan�a no governo federal n�o tem limite / Parte II

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Então não será possível uma trajetória de queda este ano? - Pode, mas sempre assim, daqui há dois meses reduz mais meio por cento, até chegar ao fim do ano com 16% ou 17%. O Mercosul ainda é uma boa saída para o Brasil? - Claro. É uma economia complementar. Seria muito interessante ter uma moeda regional forte no Mercosul. Ela não oscilaria tanto. Hoje, quando sobe o preço do petróleo, o Brasil tem problemas porque é importador; mas a Argentina é exportadora, então, se fôssemos uma área comum, o preço do petróleo subiria e não aconteceria nada. O mesmo ocorre com o trigo. Já no caso de automóveis, nós somos exportadores. Essa moeda poderia se chamar peso real. Eu sugeri isso há cinco anos. Seria uma moeda flutuando contra o euro e o dólar. Flutuaria muito menos e a região seria mais robusta, teria mais flexibilidade nos ajustes. Isso teria sido uma porta de saída para a Argentina que, hoje, não sabe onde se ancorar. O Brasil poderia, hoje, ajudar a Argentina a sair da crise? - Claro, poderia fazer o convite para juntar as moedas, criar um banco central regional comum. Os países europeus abriram mão das moedas nacionais para enfrentar, com uma aliança regional, a competição global. Nós deveríamos ter feito o mesmo há muito tempo. Nos daria energia para perseguir as reformas trabalhista, previdenciária e tributária. Nós estamos com tudo errado. Não é possível afirmar que temos uma legislação trabalhista adequada se, em uma população economicamente ativa de 76 milhões de trabalhadores, só 26 milhões têm carteira assinada. Que proteção trabalhista é essa? Os encargos são tão altos que nenhuma empresa quer dar emprego. Não pode ser boa uma legislação trabalhista a que coloca 50 milhões de pessoas no mercado informal. Não pode estar certo um sistema previdenciário que causa um rombo de bilhões de dólares todo ano numa economia que ainda é jovem; quando a população envelhecer, o buraco será muito maior. (Extraído do Jornal do Commercio/RJ – edição de 29/07/2002)

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