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domingo, 16/03/2025 | Ano | Nº 5924
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Turismo em Alagoas sofre retra��o de 17%

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ROBERTO VILANOVA O fluxo turístico para Alagoas sofreu retração de 17%, embora o número de visitantes tivesse se mantido em nível razoável. A explicação é de que parte dos pacotes turísticos foi fechada através do Recife, que inclui no roteiro os municípios alagoanos de Maragogi e Japaratinga. As agências de viagens pernambucanas estendem o limite do roteiro turístico do Estado para o litoral norte de Alagoas. Assim, o fluxo em Maragogi é de quase 100% de turistas vindos do Recife. Isso sem contar com os visitantes avulsos, ou seja, os que decidem vir por conta própria, sem as agências. Desbancando A retração do fluxo turístico em Alagoas se deve à expansão de Natal e Aracaju. Essas duas capitais registraram crescimento acima do previsto no ano passado. Em Sergipe, por exemplo, os festejos do meio do ano (festas juninas) alavancaram o turismo no Estado, com destaque para as cidades de São Cristóvão, a primeira capital sergipana, Lagarto, Estância e Aracaju. Em relação a Alagoas, o quadro é o inverso. A expectativa gerada pela escolha de Maceió como Capital Americana da Cultura não foi correspondida e a prefeita Kátia Born já admitiu o fracasso e culpou o governo federal, diretamente o presidente Fernando Henrique Cardoso, que não prestigiou a capital alagoana. “Ao invés de visitar Maceió, o presidente da República preferiu ir para a cidade espanhola de Barcelona. Foram duas cidades escolhidas para serem capitais da cultura. No Brasil, foi Maceió. Se o presidente da República tivesse vindo para Maceió, a situação seria outra, o quadro não seria esse”, explicou a prefeita. Segundo ela, toda a programação foi elaborada com base na expectativa de que o presidente da República viria a Maceió. Quando descobriram que a visita não iria acontecer, muitos dos investidores desistiram. Sem dinheiro O fracasso da promoção – muita gente não sabe da escolha de Maceió como Capital Americana da Cultura - atingiu a programação de shows. O calendário divulgado com atrações semanais foi furado e o máximo que se conseguiu foram três espetáculos. Para agravar a situação, veio a crise na Argentina. “Os argentinos fizeram a festa do mercado turístico no Nordeste, nas décadas de 1980 e 1990, mas agora está difícil atrai-los para as viagens”, explicou Eduardo, recepcionista do Hotel Ponta Verde, um dos preferidos pelos argentinos. E não há perspectiva de melhora no fluxo. Por falta de investimentos na área, a tendência é piorar.

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