Economia
Falta de investimento gerou fuga de capital humano

Sucursal Arapiraca A pesquisa agrícola infelizmente ainda não recebe o apoio necessário e fundamental ao desenvolvimento da agricultura no Estado e, mesmo diante da falta de recursos, com salários baixos e carência de material humano, o pessoal do Agreste consegue produzir e ajudar os produtores da região, diz o agrônomo Hibernon Cavalcante. Pessoal qualificado Um dos três pesquisadores em atividade no Agreste, o agrônomo José Chaves de Vasconcelos lembrou que a região já dispôs de pelo menos seis pesquisadores, além de inúmeros técnicos. Diante do início do processo de desmonte da pesquisa agrícola, esse pessoal migrou para universidades ou mesmo para outros Estados, onde obtiveram maior apoio financeiro e melhores condições de desenvolvimento de seus projetos, afirmou. Chaves afirmou ainda que a atividade de pesquisa agrícola nem sempre dá ibope, mas é fundamental para orientar o produtor no que se refere às variedades que podem se adaptar ou não à região. O fato de determinada pesquisa não trazer bons resultados tem seu lado positivo, que é o de evitar que centenas de produtores insistam, por exemplo, no plantio de variedade que não se adapta a nossa região, ressalta. Variedades No caso do milho, o agrônomo Hibernon informou que os produtores cultivam na região as variedades testadas e que melhor se adaptaram à região. Há mais de 20 anos não se investe com seriedade nem em pessoal nem tampouco na pesquisa agrícola. O tempo perdido é muito grande e a recuperação depende de uma política de compromisso para com o setor. Afinal de contas, não se forma capital intelectual da noite para o dia, argumenta Hibernon.